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O treinador disse que foi sancionado sem ter sido ouvido pelo Ministério do Trabalho.
O ministro do Desporto de Moçambique, Fernando Sumbana, considerou «justa» a decisão do governo de Maputo de rescindir o contrato de trabalho ao treinador de futebol português Diamantino Miranda, tomada na última quinta-feira.
Foi uma decisão «justa», porque o técnico «desrespeitou os princípios em vigor no país», disse Sumbana, sobre uma medida tomada pelo Ministério do Trabalho de Moçambique.
Diamantino Miranda, treinador do Costa do Sol, de Maputo, teve que abandonar o país na sequência da rescisão do seu contrato de trabalho, após se ter envolvido numa troca de palavras com jornalistas, durante a qual proferiu declarações consideradas ofensivas.
«Todos aqui são ladrões», disse o treinador, que acusou a imprensa de se ter «vendido por um prato de sopa».
O governo moçambicano considerou estas, e outras declarações, como «graves e um assunto de Estado», e, na quinta-feira, o Ministério do Trabalho cancelou a licença de trabalho do treinador português, acusando-o «de falta de respeito, civismo e pelos valores consagrados na Constituição».
Logo após as polémicas declarações, as instâncias dirigentes do futebol moçambicano abriram um inquérito, que não está concluído, e o treinador disse que foi sancionado sem ter sido ouvido pelo Ministério do Trabalho.
Sumbana, citado pelo diário O País, advertiu que idênticas medidas serão tomadas para «aqueles que desrespeitem a este nível o povo moçambicano».
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