As taxas de penalização do Moçambola irão sofrer alterações a partir da próxima temporada. Quem o garante é Alberto Simango Jr, presidente da Liga Moçambicana de Futebol.
De acordo com aquele dirigente, em declarações ao jornal "Notícias", as multas estão desajustadas em relação à situação económica de Moçambique. Há multas no valor de 50 e 100 meticais para algumas infrações.
“ [As taxas] estão desajustados sim, e nós levaremos isso aos clubes na próxima assembleia-geral, pois há necessidade de se atualizar estas taxas. De facto há algumas desajustadas, não faz sentido cobrar uma taxa de 50 ou 100 meticais, por aí. É um processo em curso. O futebol profissional precisa de dinheiro e nós somos a única Liga do mundo que é capaz de fazer um campeonato sem dinheiro. Normalmente, no que saiba, as ligas são as que mais dinheiros têm no mundo, pois gerem a indústria de futebol, onde se concentram grandes investimentos e patrocínios. E nós somos a Liga mais pobre do mundo, em que vivemos de cortar unhas, fazemos as coisas com muitas limitações, mas esse não é o problema da LMF apenas, é do desporto nacional no geral", frisou Alberto Simango Jr, que quer ver mudanças a nível do financiamento do futebol em Moçambique.
"A forma como o desporto é tratado e financiado, o próprio patrocínio, a Lei do Mecenato, etc., não é operativo para que os investidores invistam no desporto. Estamos um pouco atrasados nesta matéria", disse Simango, "farto" viver com uma "manta curta".
"É muito difícil, é aquela teoria da “manta curta”. Resume-se a isto: no inverno, você aconchega o peito, mas descobre os pés; aquece os pés, mas descobre o peito. Enfim, vamos vivendo disto. Um dia teremos consciência de que precisamos de investir mais para conseguir resultados. É isso que queremos. Estamos num processo de investimento bastante lento para aquilo que é a nossa expetativa. Podíamos fazer um pouco mais, podíamos ser mais agressivos e cobrarmos os resultados em função daquilo que estamos a investir”, apontou o dirigente moçambicano.
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