O guarda-redes internacional português Pedro Silva antevê a fase de grupos do Mundial de futebol de sub-20 complicada para Portugal e realça o "grande orgulho e a pressão saudável" de representar a equipa das 'quinas'.
"Do que se diz por alto, a Zâmbia é, de longe, a mais forte. É o nosso primeiro jogo, uma seleção muito forte com internacionais da equipa A e que agora descem para o Mundial. A Costa Rica também é uma seleção muito forte. Todas as seleções, não só do nosso grupo, ao estarem no mundial, têm muita qualidade", começou por referir Pedro Silva, que discutirá o lugar na baliza portuguesa com o colega do Sporting Luís Maximiano, e Diogo Costa, do FC Porto.
Em entrevista à agência Lusa, o guardião titular do Sporting B nas últimas duas temporadas na II Liga revelou que se sente "honrado e orgulhoso" por servir a seleção no Campeonato do Mundo, considerando também que "representar uma nação como Portugal é uma pressão saudável".
Pedro Silva não se mostrou preocupado com as possíveis dificuldades na adaptação ao continente asiático e enalteceu o trabalho da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da equipa técnica liderada pelo selecionador Emílio Peixe nesse sentido.
"A federação planeou um estágio em que vamos para o Japão durante cinco ou seis dias, para projetar uma melhor preparação e para nos habituarmos ao ambiente e aos hábitos da Ásia. Creio que vai estar tudo bem preparado e bem delineado", revelou.
No plano individual, o internacional por 40 vezes em todos os escalões da seleção abordou uma possível realização da pré-época com o plantel principal dos 'leões', recordando que na época passada já tinha recebido essa indicação.
"O ano passado já tinham falado comigo e na altura não pude fazer a pré-época, porque estava no Euro de sub-19. Este ano ainda não falaram comigo, mas, pelas notícias e pelo que se fala, está tudo encaminhado", contou.
Questionado sobre se seria benéfico atuar numa liga mais competitiva e se sente um natural sucessor de Rui Patrício na equipa A do Sporting, Pedro Silva afirma que é uma decisão que não depende apenas de si.
"Isso [jogar numa outra liga] são os responsáveis e os técnicos do Sporting que decidem e, em conjunto comigo e com a minha opinião, resolvemos essas ideias. Ser sucessor do Rui Patrício ainda é demasiado prematuro. Acho que preciso de me estabelecer mais e, consoante o meu trabalho, falar de coisas concretas", argumentou.
O guarda-redes 'leonino' vê com bons olhos que "a aposta na formação tem sido realçada com a vinda de vários jovens para o plantel principal", sublinhando que as "oportunidades resultam do trabalho individual de cada atleta".
A terminar, Pedro Silva comentou ainda a "surpresa" que tem sido o avançado da equipa secundária dos 'leões', o angolano Gelson Dala, que apontou, até ao momento, 13 golos em 17 encontros.
"É uma surpresa para vocês [jornalistas] e para mim também. Sinceramente, não estava à espera de um ponta [de lança] assim. Era o melhor ponta da liga angolana, mas mesmo o melhor atleta de uma liga africana que vem para a Europa nunca é fácil. Fiquei espantado com a qualidade que ele tem, a qualidade que imprime, o talento que tem e pelos golos que faz. É um atleta que se realça sobre os outros", concluiu.
Este é o quarto Campeonato do Mundo consecutivo em que Portugal vai participar, depois das edições de 2011 (vice-campeão), 2013 (oitavos de final) e 2015 (quartos de final). Esta sequência nunca antes tinha sido conseguida por qualquer seleção europeia.
A estreia de Portugal no Grupo C do Mundial2017 está marcada para o próximo dia 21 de maio, frente à Zâmbia (06:00 em Lisboa), seguindo-se os encontros com a Costa Rica (24 de maio, pelas 12:00) e Irão (27 maio, pelas 09:00).
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