A poucas horas de a França enfrentar a Argentina nos oitavos-de-final do Mundial 2018, há uma pergunta que não sai da cabeça dos franceses: como parar Lionel Messi? O craque argentino chega com ânimo renovado nesta fase após marcar o seu primeiro golo no Mundial e renascer das próprias cinzas.
"Contra Messi, temos de jogar com inteligência. Se ele recuar para o meio campo, temos N'Golo Kanté, um jogador que não se deixa superar facilmente. Do lado direito (de Messi), está (Lucas) Hernández, que conhece bem o campeonato espanhol", garante à AFP o ex-jogador dos 'Bleus', Marius Trésor.
Messi é um "jogador que gosta de se movimentar, é preciso tentar estar sempre colado a ele", acrescenta o médio Blaise Matuidi.
Islândia e Croácia mostraram o caminho de como parar o astro do Barcelona. A bicampeã Mundial empatou em 1-1 na estreia contra os nórdicos, partida que teve um penálti desperdiçado por Messi, enquanto os croatas atropelaram a 'albiceleste' com uma vitória por 3-0.
Mas esses jogos ficaram no passado. Após a vitória por 2-1 contra a Nigéria, que valeu o apuramento para os oitavos-de-final, os sul-americanos recuperaram a moral e têm contra a França a oportunidade de recuperar o respeito.
‘Muro’ defensivo conhece bem a 'Pulga'
O centro da defesa francesa conhece bem Messi. Se o craque for capaz de superar a primeira linha de pressão no meio campo, vai encontrar com o madridista Raphael Varane e o seu companheiro no Barcelona, Samuel Umtiti.
"Deve servir para alguma coisa conhecê-lo bem, saber como se movimenta. Mas tento fazer isso há dois anos e nos treinos às vezes é muito complicado. Ele tem um talento extraordinário e mesmo que estudemos o seu jogo, ele pode criar-nos dificuldades", confessa Umtiti, entre risadas em conferência de imprensa de antevisão do jogo deste sábado.
Para Umtiti, o astro do Barcelona "não vive o futebol como nós, nas suas escolhas, na sua visão de jogo, nos golos que marca. Ele marca, marca e marca. Tem um toque técnico que ninguém mais tem", avaliou o companheiro de equipa do astro argentino no clube catalão.
O ex-defesa do Lyon vai jogar no lado esquerdo da defesa francesa, sendo o último muro de contenção de uma equipa que utilizará todas as suas armas para travar o argentino.
"Não acho que exista ninguém na Terra que possa encontrar um antídoto para parar Messi. Será algo mais coletivo", resumiu, na quarta-feira, o central Presnel Kimpembe.
Argentina e França só se enfrentaram duas vezes na história dos Mundiais. E Messi ainda não tinha nascido.
As estatísticas estão do lado argentino, que venceu por 1-0 no Mundial do Uruguai em 1930 e saiu vitorioso a jogar em casa em 1978, vencendo por 2-1.
Agora, nos oitavos-de-final do Mundial da Rússia-2018, um dos favoritos ao título dirá adeus antes do tempo. Mas a poucas horas do duelo só existe tempo para uma pergunta: como para Lionel Messi?
O França - Brasil, dos oitavos-de-final do Mundial2018, está marcado para às 15h00 deste sábado.
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