Em vésperas do último jogo de preparação de Portugal antes de iniciar a disputa da Taça do Mundo, dia 15 na África do Sul, e logo após a chegada do seleccionado moçambicano a Joanesburgo, Chiquinho Conde garante que para si, particularmente, a partida de amanhã será muito “gratificante”.
“Pelos laços históricos que nos ligam e para mim, em particular, por Portugal ser a minha segunda pátria, onde vivi durante 22 anos e onde, graças a Portugal e graças ao futebol, adquiri tudo o que hoje tenho, é muito gratificante defrontar Portugal”, disse à Lusa o seleccionador de Moçambique.
Conde, que representou o Sporting e o Belenenses durante largos anos, enalteceu o papel do seleccionador de Portugal na organização deste jogo e confessou que muito deve a Carlos Queiroz, quer como jogador quer como treinador.
“Defrontar uma selecção com o gabarito de Portugal, jogar contra o melhor jogador do mundo, contra jogadores que militam em grandes campeonatos, é sempre um privilégio e motivo de satisfação e orgulho”, salientou Chiquinho Conde.
Sobre a circunstância do Mundial 2010 se realizar na vizinha África do Sul, o seleccionador moçambicano referiu que o impacto positivo em Moçambique infelizmente não se vai sentir devido à falta de infra-estruturas de qualidade.
“É uma pena que este jogo (Portugal – Moçambique), por exemplo, não se possa ter realizado em Moçambique devido à ausência de um estádio capaz, é uma pena que o Brasil tenha ido jogar ao Zimbabué e à Tanzânia mas não tenha podido disputar uma partida de preparação em Moçambique, devido à falta de infra-estruturas”, lamentou Chiquinho Conde.
“Se essas infra-estruturas já existissem o Mundial ajudaria a catapultar as mentalidades e os jogadores”, referiu o seleccionador moçambicano, que garante, mesmo assim, que, dada a proximidade dos estádios ao território moçambicano, muitos moçambicanos virão assistir aos jogos.
“Muitos moçambicanos virão ao Mundial, todos virão apostar em Portugal porque todos nós gostamos de Portugal pelos laços históricos que referenciei e fazemos fé que Portugal chegue o mais longe possível”, concluiu Chiquinho Conde.
Comentários