Na história, nunca um futebolista a atuar no campeonato luso foi campeão do Mundo, mas cinco já pisaram os palcos lusos depois de se terem sagrado campeões, casos do brasileiro Anderson Polga, dos espanhóis Iker Casillas e Joan Capdevila, do francês Adil Rami e do alemão Julian Draxler, que está atualmente no Benfica.
Polga chegou ao Sporting em 2003/04, para ficar até 2011/12, depois de ajudar o Brasil a chegar ao ‘penta’ em 2002, prova em que alinhou em dois jogos completos, no total de 180 minutos, frente a China e Costa Rica, na fase de grupos.
A época do adeus de Polga foi a da chegada de Capdevila, que pouco contou para Jorge Jesus, na época 2011/12, única no Benfica, após ser totalista, embora sem ser figura de proa, na campanha da Espanha rumo ao seu único título mundial, em 2010.
Companheiro de equipa do lateral esquerdo no Mundial de 2010, o guarda-redes Casillas foi, provavelmente, a maior ‘estrela’ entre os campeões Mundiais que ‘aterraram’ em Portugal, para representar o FC Porto, entre 2015/16 e 2019/20.
Por seu lado, Rami passou pelo Boavista na época 2020/21, ajudando o clube a manter-se na I Liga, depois de em 2018 ter feito parte do elenco francês campeão do Mundo, ainda que sem ter contabilizado qualquer minuto na Rússia.
Na presente temporada, um quinto campeão mundial rumou ao futebol português, o médio alemão Julian Draxler, emprestado pelo Paris Saint-Germain ao Benfica.
Draxler, que ainda não se impôs no conjunto comandado pelo seu compatriota Roger Schmidt, fez parte da seleção alemã que venceu o Mundial de 2014, no Brasil, onde, apenas jogou 13 minutos, mas no jogo mais emblemático da prova, o 7-1 dos germânicos face aos anfitriões ‘canarinhos’, nas meias-finais.
Pelo futebol luso, passaram ainda vários jogadores que não jogaram cá com esse estatuto, conseguindo esse título depois de partirem, casos dos brasileiros Aldair (campeão em 1994) e Edílson (2002) e do espanhol Carlos Marchena (2010), que alinharam no Benfica, e dos também ‘canarinhos’ Branco e Ricardo Rocha (1994), ex-jogadores de FC Porto e Sporting, respetivamente.
Por seu lado, Jupp Heyckens, campeão pela RFA em 1974, foi treinador dos ‘encarnados’ em 1999/2000.
Quanto ao presente, o plantel do Benfica poderá, em breve, aumentar de um para três o número de campeões mundiais, com o ‘capitão’ Otamendi, de 34 anos, e o jovem Enzo Fernández, de 21, a juntarem a Draxler, caso a Argentina vença a final de domingo.
Cumpridas as meias-finais, Otamendi, que cumpre a terceira temporada na Luz, depois de quatro no FC Porto (2010/11 a 2013/14), é um dos três totalistas (570 minutos) da Argentina, juntamente com o guarda-redes Emiliano Martínez e do avançado Lionel Messi, ao qual fez uma assistência, face à Austrália.
Por seu lado, Enzo Fernández, chegado esta época à Luz, proveniente do River Plate, começou como suplente, mas ascendeu à titularidade ao terceiro jogo e não mais a perdeu, acumulando, em 443 minutos, um golo, ao México, uma assistência, com a Polónia, e também um autogolo, infeliz, com os australianos.
Na seleção da Argentina, mais um jogador passou pela Luz, ainda miúdo, o avançado Ángel Di María (2007/08 a 2009/20), enquanto o lateral esquerdo Marcos Acuña foi jogador do Sporting, de 2017/18 a 2019/20.
A Argentina está na final e precisa de vencer no domingo a França, em Lusail, a partir das 18:00 locais (15:00 em Lisboa), para chegar ao seu terceiro cetro.
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