Vítor Sereno, embaixador de Portugal no Japão, deixou duras críticas a Fernando Santos na sequência da eliminação de Portugal Mundial2022.
O representante luso no país nipónico considera que o selecionador português não soube deixar a equipas das quinas no tempo certo.
"Um treinador que não soube sair por cima quando tinha tudo para o fazer. Como Campeão Europeu e vencedor da I Liga das Nações ficaria para sempre na história. Eu próprio votaria e faria lobby para que rotundas pelo país inteiro tivessem o seu nome. Assim, sairá por baixo, refém da sua incapacidade tática, do medo, da incoerência, mas sobretudo da sua pequenez", escreveu Vítor Sereno na rede social LinkedIn.
"A insistência da FPF em Fernando Santos é doentia e vice-versa. Agarrar-se ao cargo e não colocar imediatamente o lugar à disposição (basta olhar para Luís Enrique, Tite ou Roberto Martinez) é sintomático", vincou.
Ainda assim, o embaixador deixa elogios a Cristiano Ronaldo: "A capacidade de nos deitarmos abaixo é a nossa pior característica. O único, até hoje, que vi a tentar mudar o paradigma deste estado de depressão constante, alternado com estados de euforia, foi Cristiano Ronaldo. O melhor embaixador de Portugal (conheço-os todos: é inigualável) e o único que nunca teve vergonha de assumir que nós, os portugueses, quando queremos, chegamos ao topo do mundo. Cristiano é muito mais do que Portugal e, no fundo, isso chateia-nos. É mais fácil nivelarmo-nos pela mediocridade do que pela excelência - tive um colega mais velho, há muitos anos, que me dizia para não trabalhar tanto porque isso obrigava os outros a fazer igual ou melhor."
Luís Santos, filho de Fernando Santos, respondeu a esta publicação: "O Sr. Embaixador tem direito à sua opinião. Mas escrever publica e gratuitamente da "pequenez" de quem deu tanto à sua pátria, pode não ser digno da posição que ocupa. Tenho curiosidade em perceber o que acha que foi o valor acrescentado do parágrafo em questão (digno da CMTV). E também não percebo em que medida o seu comentário é diferente daquilo que crítica: 'a capacidade de nos deitarmos abaixo é a nossa maior característica'. Há muito trabalho a fazer na relação Portugal-Japão. Contamos consigo para o realizar com tanto empenho e competência quanto a nossa Seleção, que nos levou aos quartos de final do Campeonato do Mundo, pela terceira vez na sua história, e caiu de pé. E em particular, tanto empenho e competência quanto o selecionador da "pequenez" (palavras suas) dos dois únicos troféus da história futebolista da nação. Falta de gratidão."
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