O intervalo e o final do jogo foram sinónimos de festa para os milhares de adeptos que no Porto viram Portugal apurar-se para os oitavos de final do Mundial2018 de futebol, após empatar 1-1 com o Irão.
Pelo meio, o penálti desperdiçado por Cristiano Ronaldo fez nascer ansiedade em rostos, nos quais, minutos antes, a euforia reinava fruto ainda do golo de Ricardo Quaresma e, quando o árbitro apitou para o fim do jogo, o suspiro final antecipou a festa enorme que se seguiu.
Com uma jovem sentada nos seus ombros, Francisco admitiu à agência Lusa ter "sofrido muito" e que "não havia necessidade, mas um jogo de futebol é mesmo assim", argumentou, considerando que o penálti falhado foi mais um episódio "num jogo já de si difícil".
"Conseguimos segurar bem o resultado e vamos em frente", afirmou o jovem adepto, que, sobre a eliminatória com o Uruguai, respondeu com confiança.
"Vamos tranquilos, confiantes e com a fé de que vamos rumo à final. Não sei se Portugal é melhor do que o Uruguai, mas temos uma boa equipa e vamos dar muita luta", argumentou.
De cara pintada e com uma camisola com motivos da seleção nacional, Ana Beatriz concordou que a partida com o Irão trouxe "festa e sofrimento": "aquele último golo custou, mas o que importa é que estamos apurados e vamos em frente e na próxima semana vamos para os Aliados".
"Tenho muito orgulho na minha seleção e no Quaresma também", rematou.
José Carlos Barbosa viu a companhia feminina fugir assim que chegou a equipa reportagem da Lusa, mas, agarrado ao cachecol de Portugal com um indisfarçável orgulho e confiança, falou do presente e do futuro da seleção no Mundial2018.
"[Eliminar o Uruguai) vai ser difícil, mas vamos conseguir. Ganhámos um Euro sempre a empatar, pois isso agora vai ser fácil", afirmou um dos milhares de adeptos que encheu o Largo Amor de Perdição, no Porto, para quem o percurso do ?onze' português "não surpreende".
E prosseguiu: "a seleção não está aqui para arrasar, está aqui para ganhar. Temos orgulho no equipamento que vestimos, no que somos e vamos conseguir mais uma vez. Pode ser que consigamos ser campeões do mundo. Nós acreditamos!"
Com o cachecol de Portugal numa mão e uma pequena bandeira do Irão, na outra, Sérgio circulava pelo recinto, tendo explicado à Lusa as suas opções "por ambas serem treinadas por selecionadores portugueses".
"Deviam passar ambos", lamentou, antes de recorrer ao vernáculo para mostrar a sua antipatia para com Espanha.
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