O médico da seleção russa de futebol, Eduard Bezuglov, negou hoje o recurso a substâncias dopantes antes dos jogos da fase a eliminar do Mundial2018, mas admitiu a inalação de amoníaco.
“Trata-se de um simples amoníaco, com que se impregnam pedaços de algodão e depois se inalam. Isto é feito por milhares de desportistas para os estimular. Usa-se há décadas”, afirmou Bezuglov, em declarações à comunicação social russa.
O clínico acrescentou que esta substância “não é usada apenas no desporto, mas no dia a dia, quando se perde o conhecimento ou se sente fraca”.
“Simplesmente pelo forte odor que emana. Podes ir a qualquer farmácia, comprar algodão e amoníaco. Não tem qualquer relação com doping”, explicou.
A polémica foi espoletada pela comunicação social alemã, após a vitória dos russos frente à Espanha (4-3 no desempate através de grandes penalidades, após 1-1 no tempo regulamentar e no prolongamento), nos oitavos de final, e Croácia (4-3, também nos penáltis, mas depois de 2-2 no prolongamento e 1-1 nos 90 minutos), nos quartos de final.
O amoníaco é reconhecido por melhorar a circulação sanguínea e a capacidade respiratória e não surge na lista de substâncias proibidas do regulamento antidopagem da FIFA.
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