Caiu a campeã. O Chile venceu a Espanha por 2-0 e confirmou a eliminação da campeã do Mundo e da Europa. Depois da humilhação imposta pela Holanda na primeira jornada, a “outra Roja” teve a ousadia de vencer (e convencer) os reis do Mundial de 2010.
Com Piqué e Xavi no banco, Vicente Del Bosque tentou mudar a sorte dos espanhóis depois dos 1-5 de Salvador, mas se houve melhorias no jogo espanhol, quase nem se viram.
Logo ao primeiro minuto, começam as ameaças à “Roja” europeia. Um ressalto na área espanhola quase dá um auto-golo de Javi Martínez e logo depois, na sequência de um canto, Gonzalo Jara cabeceia pouco ao lado da baliza de Casillas.
Os espanhóis tardavam a impôr o seu "tiki-taka" e só ao final do primeiro quarto de hora deram um ar da sua graça. Xabi Alonso, na sequência de um lance de Diego Costa, remata a poucos metros da baliza mas Claudio Bravo faz a mancha “à la Ochoa” e evita o golo espanhol.
Já se sabe que quem não marca, arrisca-se a sofrer, e aos 19 minutos o Chile descarrega um autêntico balde de água fria em todos os adeptos espanhóis. Uma perda de bola de Alonso dá origem a uma excelente jogada dos já inevitáveis Alexis Sánchez e Arturo Vidal, com Eduardo Vargas a finalizar com classe após assistência de Aránguiz. Desta vez, Casillas pouco podia fazer. 1-0 para o Chile.
A Espanha estava já muito perto de uma eliminação precoce e tentou reagir, mas a estratégia não funcionava. Com um Diego Costa muito isolado na frente de ataque e um meio-campo a ritmo de caracol, eram os chilenos que marcavam o ritmo do jogo.
Quando o relógio marcava 43 minutos, surgiu a confirmação do desastre espanhol. Vidal bate um livre para defesa incompleta de Casillas e o chileno Aránguiz aparece em boa posição a fuzilar para o fundo das redes. Não há imagens dos balneários durante o intervalo, mas é possível que os espanhóis já estivessem a marcar os voos de regresso à Península Ibérica.
Na segunda parte os espanhóis entraram um pouco mais agressivos e estiveram muito perto de relançar a partida aos 53 minutos. Sergio Busquets recebe um impressionante passe de pontapé de bicicleta de Diego Costa mas desperdiça uma oportunidade de ouro para reduzir. O golo estava mesmo ali, mas não quis nada com o médio do Barcelona.
Foi uma invulgar oportunidade para os espanhóis, que pouco depois viram o Chile chegar novamente perto do golo. Mauricio Isla desvia a bola por cima da baliza espanhola, quando Casillas estava já completamente batido.
Completamente batida, aliás, estava toda a equipa espanhola. O tudo por tudo da “Roja”, já com Fernando Torres em campo, foi morno e não foi além de dois remates perigosos de Iniesta e Santi Cazorla, aos 84’ e aos 88’.
A “geração de ouro” da Espanha despede-se assim dos grandes palcos do futebol. Já o Chile, encabeçado por um Alexis Sánchez de sonho, segue para os oitavos-de-final e deixa o recado: esta equipa é candidata.
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