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Pouco antes do início da final da Taça de Portugal, centenas de pessoas ficaram imobilizadas na principal área de acesso ao recinto.
O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares garantiu hoje que vão ser feitas alterações na segurança do Estádio Nacional para o encontro de futebol Portugal-Grécia, para evitar incidentes semelhantes aos ocorridos na final da Taça.
“As alterações serão feitas sobretudo na sinalização na Praça da Maratona, nos horários diferentes de entrada no estádio e na canalização das pessoas para as bancadas”, disse Luís Marques Guedes, durante uma visita ao Complexo Desportivo do Jamor.
O ministro explicou que poucos dias depois dos incidentes verificados no acesso ao estádio antes da final da Taça de Portugal foi realizada uma reunião para perceber o que tinha sucedido antes do Benfica-Rio Ave.
Segundo Marques Guedes, “todas as melhorias que foram aconselhadas nessa reunião – na qual estiveram a federação, a polícia e ‘stewards’ – vão ser feitas” para o encontro particular entre as seleções de Portugal e da Grécia, agendado para sábado, às 19:30.
A 18 de maio, pouco antes do início da final da Taça, ganha pelo Benfica (1-0), centenas de pessoas ficaram imobilizadas na principal área de acesso ao recinto, junto aos torniquetes.
Luís Marques Guedes assegurou que o governo tenciona continuar a operar melhorias em todo o Complexo do Jamor, sobretudo em parceria com várias federações, e lembrou que em 2013 e este ano foram realizadas obras no valor de 1,3 milhões de euros, no estádio.
Apesar de reconhecer que o estádio, que este ano comemora 70 anos, “não é moderno”, o ministro afirmou: “é uma pérola que ninguém quer deitar fora” e manifestou o desejo de que a seleção utilize mais vezes o recinto.
De acordo com o ministro, “será feito um protocolo com a Federação Portuguesa de Futebol [FPF] para que a utilização do espaço seja mais intensiva”.
Marques Guedes lembrou que a FPF vai construir junto ao estádio a Cidade do Futebol, que será “utilizada por todas as seleções portuguesas” e considerou que o espaço pode mesmo ser internacionalizado e receber seleções de outros países.
Fernando Gomes, presidente da FPF, garantiu que o organismo não deixará de “acautelar a hipótese de fazer mais jogos no estádio”, mas lembrou que o Jamor “não tem condições para receber jogos de qualificação para o Euro2016”.
O encontro entre Portugal e a Grécia - seleção orientada por Fernando Santos e que também marcará presença no Mundial2014 – servirá para homenagear os antigos internacionais portugueses Eusébio e Coluna, ambos falecidos este ano.
Eusébio será também lembrado num tributo, agendado para as 14:30 de sábado na Praça da Maratona, segundo disse o ministro.
“Será prestado um tributo ao Eusébio, o expoente máximo do futebol português pelo Governo e pelo Instituo do Desporto de Portugal”, afirmou Marques Guedes, considerando que o “Pantera Negra”, que morreu a 05 de janeiro deste ano, “foi o melhor jogador a pisar o relvado do estádio nacional”.
A última partida oficial da seleção no estádio do Jamor foi disputada em fevereiro de 1987, frente à Itália, num jogo de qualificação para o Europeu de 1988, que a equipa portuguesa perdeu por 2-1.
Depois desse encontro, a equipa das “quinas” voltou ao Jamor em agosto de 1999 para um encontro particular com Andorra que serviu para inaugurar a iluminação artificial.
Além de Marques Guedes e Fernando Gomes, participaram na visita ao Complexo do Jamor – que começou no Centro da Alto Rendimento do Râguebi – o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, e o presidente da Federação Portuguesa de Râguebi, Carlos Amado da Silva.
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