O estudo, realizado pela consultora Frontier Economics, com sede em Espanha, analisou o valor dos 11 jogadores que normalmente são titulares de todas as selecções, comparando-os com técnicas econométricas.

O estudo centra-se nas 10 selecções consideradas favoritas pelas principais casas de apostas e define a selecção espanhola como a mais cara, com um valor de 303 milhões de euros, seguindo-se as de Argentina, avaliada em 293 milhões, Inglaterra (263 milhões) e Brasil (223 milhões).

No mesmo estudo a Frontier Economics contrasta o valor atual dos dois melhores jogadores do mundo, o argentino Lionel Messi (FC Barcelona) e o português Cristiano Ronaldo (Real Madrid).

Pelo segundo ano consecutivo, Messi é o mais caro do mundo, com um valor actual de 140 milhões de euros, mais 16 milhões de euros do que a estimativa anterior e muito acima dos 95 milhões que vale, segundo a Frontier Economics, Cristiano Ronaldo.

Nani, cifrado em 23 milhões de euros, e Bruno Alves, avaliado em 19 milhões, são o segundo e o terceiro mais caros da seleção lusa.

As contas da consultora mostram que a selecção espanhola é a mais cara, em parte, pelos valores de jogadores como Andrés Iniesta (44 milhões) e Fernando Torres (43), enquanto Messi domina claramente os 293 milhões de euros da equipa argentina.

Na selecção inglesa, destacam-se os 59 milhões de euros de Wayne Rooney e na brasileira os 41 milhões de euros de Kaká.

Frank Ribéry é o mais caro da selecção francesa, valendo 48 dos 180 milhões de euros da equipa, e Bastian Schweinsteiger é o mais bem avaliado da selecção da alemã, com 33 dos 156 milhões de euros totais.

Na lista surge ainda a selecção holandesa, que vale 156 milhões de euros (e onde se destacam os 34 milhões de euros de Robben) enquanto Drogba, e o seu valor de 48 milhões de euros) empurram a selecção da Costa do Marfim para 130 milhões.

A campeã do Mundo, Itália, “custa” 127 milhões de euros, sendo o jogador mais caro De Rossi, com um valor de 29 milhões.

Em Junho do ano passado, e a pedido da Lusa, a Frontier Economics analisou um conjunto de jogadores da primeira liga portuguesa, constatando na altura que Óscar Cardozo era o mais ‘caro’, com um valor de 22 milhões de euros.

Para as suas contas e apesar de admitir a dificuldade em calcular a “qualidade” de um jogador, a Frontier usou dados “objectivos” como valores das transferências nas últimas temporadas, golos marcados, remates certeiros, minutos jogados, chamadas à selecção, nomeações para a Bola de Ouro e títulos ganhos.

A idade dos jogadores é igualmente importante e a experiência também conta, já que permite evitar comprar futebolistas que tenham sofrido “a maldição do êxito” e conseguido uma temporada “irrepetível”.

Daí que neste modelo sejam usadas médias de actuação dos jogadores ao longo de várias temporadas.

O modelo desenhado pela Frontier permite, por exemplo, saber que o valor de um jogador sobe 3,18 por cento por cada 90 minutos jogados e que aumenta 1,33 por cento por cada convocatória à selecção.

Os golos marcados apenas são relevantes no caso dos avançados - aumentam o seu valor em 3,4 por cento - enquanto os sofridos são relevantes no caso dos defesas - o valor cai 0,5 por cento. No caso dos guarda-redes, cada golo encaixado representa menos 4,4 por cento no seu valor.