O Benfica homenageou hoje os 33 mineiros chilenos que estiveram mais de dois meses encurralados no interior de uma mina, numa cerimónia em que esteve presente o presidente “encarnado” e o embaixador do Chile.
Além de Luís Filipe Vieira e de Fernando Ayala, também estiveram presentes o director desportivo do Benfica, Rui Costa, o treinador da equipa de futebol, Jorge Jesus, e os capitães Luisão e Nuno Gomes.
O líder “encarnado” disse que “será um momento difícil de esquecer” e que “o resgate dos mineiros foi também o resgate do orgulho de toda uma nação, confirmando que o esforço foi colectivo e que as instituições do país são sólidas, competentes e profissionais”.
“Foi uma celebração da vida, dada por gente humilde que nunca quis ser mais do que é, mas que a partir do dia 13 de Outubro passaram a ser um exemplo para todo o Mundo. Demonstraram que vale a pena acreditar sempre. Uma lição que nunca devemos esquecer”, afirmou.
A 05 de Agosto, 33 mineiros ficaram retidos numa mina no Chile a mais de 600 metros de profundidade, tendo sido resgatados a 13 de Outubro.
“Nestes dois meses pudemos sentir a verdadeira alma e o carácter do povo chileno”, disse Vieira, que abriu a porta para ajudar os mineiros.
Depois de receber uma camisola do Benfica, com um 33 e a palavra “coragem” estampados, o embaixador do Chile disse que era “muito emocionante representar 33 mineiros, 33 famílias”.
“Mostraram a coragem de suportar, de se organizar, de não perder a esperança. Foram um exemplo para todas as pessoas do Mundo”, referiu Fernando Ayala.
O embaixador lembrou ainda a passagem do antigo seleccionador chileno Fernando Riera pela Luz, onde foi tricampeão, lamentando o facto de “há mais de 30 anos que não há um chileno no Benfica”, mas apenas na “concorrência”.
O capitão do Benfica, Nuno Gomes, disse que “os mineiros chilenos e o governo chileno deram uma lição a todos, uma lição de coragem de fé, que comoveu o Mundo inteiro e os jogadores do Benfica não ficaram indiferentes”.
Para o avançado, o momento que mais o marcou foi a saída do primeiro mineiro, lembrando que, “normalmente, o capitão é o último a abandonar o barco”.
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