A Liga inglesa de futebol vai produzir receitas de 7.477 milhões de euros (ME) na temporada em curso, liderando a larga distância face às congéneres da Alemanha, Espanha, Itália e França, segundo um estudo hoje divulgado pela Deloitte.

De acordo com as contas da consultora, publicadas no relatório anual das finanças do futebol, e que incidem apenas sobre as cinco principais ligas europeias de futebol, a Premier League mexeu com quase sete mil ME (6.967 ME) em 2022/23, 7.048 ME em 2023/24, e vai gerar praticamente 7,5 mil ME em 2024/25.

No segundo posto segue a Bundesliga (Alemanha), que produziu receitas de 3,8 mil ME na última época e deverá dar 3,9 mil ME na atual temporada, seguida pela La Liga (Espanha), com 3,6 mil ME (2023/24) e 3,8 mil ME (2024/25), que fecha o pódio.

Depois, surgem a Serie A (Itália), com 2,8 mil ME e 2,9 mil ME, e a Ligue 1 (França), com 2,4 mil ME e 2,6 mil ME, indicou o estudo apresentado hoje, na sede do Colégio de Economistas de Barcelona, pelos especialistas Josep Santfeliu e Martí Garcia Pons.

Dos 19.600 milhões de euros gerados nas cinco principais ligas europeias em 2022/23, um aumento de 2.400 ME face ao ano anterior, 55% destas receitas (10.799 ME) foram geradas pelos 20 principais clubes, o que representa um aumento de 16,7% face à época anterior.

"É uma grande concentração, uma desigualdade que se agrava e que tem impacto na classificação", alertou Santfeliu.

Nesta lista, o Real Madrid destaca-se como o clube que mais receitas gerou em 2022/23 (831,2 ME).

O relatório realçou ainda que a parte comercial é a grande fonte de receitas dos principais clubes (46%), à frente dos direitos televisivos (38%) e dos rendimentos provenientes dos dias de jogo (16%).

"É uma tendência que está a acentuar-se, porque a parte comercial é onde há mais espaço para crescimento", destacou Garcia Pons.

De resto, o 'top 20' dos clubes encaixou 59% da distribuição da UEFA, que ascendeu a 2,8 mil ME em 2022/23.

Destes, 2.056,6 ME destinaram-se à Liga dos Campeões e 1.637,6 mil ME ficaram no 'top 20'.

A Inglaterra recebeu 16,6% das receitas da UEFA, seguida por Alemanha (14,6%), Itália (14,2%) e Espanha (13,7%).

O economista Garcia Pons destacou que a 'Champions' concedeu 1.000,8 ME em bónus de participação e coeficientes de equipa, considerando que este é "um sistema que garante o rendimento dos que estão no topo".