A equipa de Manchester passou a contabilizar seis campeonatos, após as consagrações em 1936/37, 1967/68, 2011/12, 2013/14 e 2017/18, mas está ainda longe do recordista da prova, o rival citadino Manchester United, que tem 20 títulos conquistados.
O feito foi, em grande parte, facilitado pelo Liverpool, treinado pelo alemão Jurgen Klopp, que não soube manter a consistência ao longo da época, desperdiçando a oportunidade de voltar a erguer o troféu da 'Premier League' - que lhe escapa há quase 30 anos -, ao perder a vantagem conseguida na primeira metade da temporada, quando chegou a liderar com sete pontos de vantagem.
Ainda assim, a equipa de Pep Guardiola, que cumpre o terceiro ano no clube, não atingiu os 100 pontos registados na época transata, nem o fosso de 19 para o segundo classificado, concluído a presente edição com 98, mais um do que Liverpool, fazendo a festa do título em casa do Brighton na última ronda, com a 14.ª vitória consecutiva.
Na décima época como treinador principal, Pep Guardiola contabiliza oito campeonatos, três em Espanha, ao serviço do Barcelona, três na Alemanha, pelo Bayern Munique, tendo falhado apenas em 2011/12, no comando do 'Barça', e no seu primeiro ano nos 'citizens', em 2016/17.
Bernardo Silva tornou-se um titular indiscutível na equipa de Manchester, ao concluir o campeonato com sete golos e o mesmo número de assistências, num ano que o avançado já qualificou de o melhor da carreira, que foi premiado com a renovação de contrato até 2025.
O antigo extremo de Benfica e Mónaco foi até escolhido pela Associação de Futebolistas Profissionais (PFA) para integrar a equipa da temporada da Liga inglesa, ao lado dos companheiros de equipa Ederson, Laporte, Fernandinho, Sterling e 'Kun' Aguero.
Os 'citizens' começaram a recuperação pontual, precisamente, diante do Liverpool, no início de janeiro, ao vencerem por 2-1 em Manchester, tendo ambos sido ameaçados pelo Tottenham até determinado momento, mas os 'spurs' atrasaram-se e concentram agora as atenções na final da Liga dos Campeões, frente aos 'reds'.
A eliminação precoce da Taça de Inglaterra, ante os 'portugueses' do Wolverhampton, a que se seguiram quatro empates em seis rondas no campeonato, contrastaram com a solidez que Guardiola soube incutir nos seus jogadores, que apenas deslizaram por uma vez até final, em St. James Park, onde perdeu frente ao Newcastle, por 2-1.
Para além do internacional português, foram também essenciais para o desfecho vitorioso as exibições de 'estrelas' como o argentino Aguero, quarto melhor marcador da competição, com 21 golos (tendo ainda oito assistências), o inglês Raheem Sterling, com 17 golos e 10 passes para golo, e o alemão Leroy Sané, que apontou 10 tentos e o igualmente 10 assistências.
No ataque, não houve muita margem para Riyad Mahrez se mostrar - ele que marcou um dos golos da vitória por 4-1 sobre o Brighton, na última ronda - muito por culpa das exibições sólidas de Bernardo Silva, o meio-campo teve pouco Kevin De Bruyne, devido a lesão, enquanto a defesa foi a zona do terreno mais problemática, mas sem grande impacto para Guardiola, com os presumíveis titulares Vicent Kompany e Benjamin Mendy a desfalcarem a equipa em várias jornadas.
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