O treinador do Manchester City, Pep Guardiola, diz que quer que as mais de 100 acusações contra o clube por alegadas irregularidades financeiras na Premier League sejam tratadas "o mais rápido possível".

O City, que está a comemorar o seu terceiro título consecutivo na principal liga inglesa, foi encaminhado para uma comissão independente em fevereiro por 115 supostas violações das regras entre 2009 e 2018. A Premier League também acusou o clube de não cooperar desde o início com a investigação iniciada em dezembro de 2018.

A dimensão das acusações, que o clube nega veementemente, e a magnitude das implicações caso sejam considerados culpados, sugerem que o caso poderá arrastar-se. Guardiola, cuja equipa persegue o terceiro título nesta temporada, não quer uma nuvem a pairar sobre as suas conquistas e deseja uma rápida resolução do caso. No entanto, o catalão, que tem contrato até 2025, enfatizou que não vai abandonar o clube enquanto as acusações permanecerem sem solução.

"O que eu gostaria é que a Premier League e os juízes pudessem resolver isso o mais rápido possível, para que, caso tivermos feito algo errado, todos saibam. E se formos corretos, como acreditamos ser há muitos anos, então as pessoas vão parar de falar sobre isso. Adoraríamos que tudo ficasse resolvido amanhã, ou ainda esta tarde. Espero  que os juízes possam ver ambos os lados e decidir o que é melhor, porque, no final, eu sei o que ganhámos, ganhámos de forma justa no campo e não temos dúvidas", disse o técnico espanhol na véspera do jogo contra o Brighton, na quarta-feira.

Não é a primeira vez que o Manchester City, transformado dentro e fora do campo desde a sua aquisição pelo Abu Dhabi United Group em 2008, está sob os holofotes devido a questões financeiras. O clube foi multado em 60 milhões de euros em 2014 por violar as regras do Fair Play Financeiro da UEFA.

Em fevereiro de 2020, foram banidos por dois anos das competições da UEFA pela entidade máxima do futebol europeu devido a "violações graves" das regras de fair play financeiro. A sanção foi revogada pelo Tribunal Arbitral do Desporto nesse mesmo ano, mas o CAS considerou que o City obstruiu as investigações e o clube foi multado em 10 milhões de euros.