O Manchester City sagrou-se hoje campeão inglês de futebol pela terceira vez consecutiva, com uma ponta final de época forte em que aproveitou a quebra do Arsenal para revalidar o título.
O City, que conta com os portugueses Rúben Dias e Bernardo Silva, garantiu a conquista do campeonato depois de o Arsenal perder hoje na visita ao Nottingham Forest (1-0), assegurando o nono título do seu historial.
Os ‘citizens’, orientandos pelo espanhol Pep Guardiola, conseguiram uma série de 11 jogos seguidos a vencer na Liga inglesa e chegaram à liderança da prova, com os ‘gunners’ a perderem a vantagem e a falharem um título que lhes foge desde a época 2003/04.
O Arsenal assumiu a liderança do campeonato de forma isolada durante quase toda a temporada, apesar de o rival ter acumulado alguns jogos em atraso, mas o triunfo do City no duelo entre as duas equipas acabou por ser decisivo.
Na 33.ª jornada, o City, que na primeira volta já tinha vencido o Arsenal (3-1), recebeu e venceu os ‘gunners’ por 4-1 e saiu do confronto ainda com menos dois pontos na tabela, mas também com menos dois jogos disputados e a depender apenas de si.
Quando bateu o West Ham por 3-1, em jogo em atraso da 28.ª ronda, disputado entre as jornadas 34 e 35, o City chegou ao comando da Premier League com um ponto de vantagem, que passou depois para quatro, após a derrota do Arsenal em casa frente ao Brighton, com os ‘citizens’ ainda com um jogo a menos.
A ponta final de temporada do Arsenal foi desastrosa para os objetivos do grupo orientado pelo espanhol Mikel Arteta, com a equipa a somar três empates, três derrotas e apenas dois triunfos entre as jornadas 30 e 37.
O avançado norueguês Erling Haaland, contratado aos alemães do Borussia Dortmund, tem sido uma das principias figuras do Manchester City e na sua estreia não defraudou as expectativas, tornando-se no melhor marcador numa só época na Premier League, desde a criação da prova em 1992, somando já 36 tentos campeonato.
Outra das principais ‘estrelas’ é o médio belga Kevin de Bryune, um dos líderes da equipa, numa época marcada pela afirmação de Jack Grealish, muito apoiada em jogadores que já trabalham com Guardiola há algum tempo, como Gundogan, Rodri, Foden, Stones ou o ex-Benfica Ederson.
Entre os reforços, o defesa Akanji, contratado ao Dortmund, e o avançado Julian Álvarez, recrutado ao River Plate, também encaixaram em pleno no esquema do técnico e foram peças importantes.
Quanto aos portugueses, o médio Bernardo Silva continua a ser indispensável e uma extensão do treinador no relvado, enquanto o central Rúben Dias passou por algumas dificuldades depois do Mundial, devido a uma lesão, mas acaba por terminar a época em bom plano. Já o lateral João Cancelo começou a época no clube, mas acabou por sair para o Bayern Munique a meio da temporada.
Os títulos do tricampeão inglês podem mesmo não ficar por aqui, porque o City tem ainda lugar garantido na final da Taça de Inglaterra, em que vai enfrentar os rivais do United.
No entanto, para que esta época do City, que até começou com uma derrota na Supertaça inglesa frente ao Liverpool, seja considerada um sucesso, é necessário que o clube vença os italianos do Inter Milão na final da Liga dos Campeões.
A ‘Champions’ é o troféu que falta ao Manchester City, depois de épocas de elevados investimentos em contratações e, após uma final perdida para o Chelsea em 2020/21, os pupilos de Pep Guardiola têm nova oportunidade para conseguirem a tão ambicionada taça.
Sem a Liga dos Campeões, nenhum título interno chega para levar o Manchester City ao Olimpo.
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