O treinador do Brighton considerou hoje, antes do arranque do embate com o Chelsea, que as notícias que apontam para a desistência dos 'blues' e do Manchester City da Superliga europeia de futebol são "fantásticas", criticando o projeto.
"Estou encantado. As nossas vozes foram escutadas. Isto atentava contra tudo o que conhecemos como futebol", lançou , Graham Potter, de 45 anos, à Sky Sport, no lançamento da partida da 32.ª jornada da 'Premier League', em Londres, considerando que seria "errado" criar uma competição com um formato com lugares fixos.
Vários meios de comunicação social ingleses, entre os quais a BBC, noticiaram hoje que o Chelsea e o City, dois dos 12 clubes que participam do projeto privado da Superliga, que quer competir de frente com a Liga dos Campeões da UEFA, estarão prestes a retirar o seu apoio ao projeto.
"Se estamos num momento em que [a iniciativa] está parando, é fantástico. Os meus agradecimentos aos fãs por levantarem as suas vozes", acrescentou Potter.
Segundo a BBC, o Chelsea foi o primeiro a sinalizar a intenção de 'virar as costas' à Superliga, seguido rapidamente pelo Manchester City.
As notícias sobre as possíveis desistências de ambos os clubes começaram a surgir já depois de centenas de adeptos do Chelsea, apoiados por fãs de outros clubes que se juntaram ao protesto, terem manifestado a sua oposição à Superliga em frente a Stamford Bridge, estádio que recebe o duelo com o Brighton.
Os fãs bloquearam a entrada do autocarro do Chelsea, obrigando Petr Cech, ex-guarda-redes do clube e atual diretor técnico, a vir conversar com eles para apaziguar os ânimos.
No domingo, 18 de abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, com cinco jogos em casa e outros tantos fora.
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