O golo do sportinguista Nuno Santos ao Boavista (3-0), na 24.ª jornada do campeonato transato, é um dos três candidatos ao prestigiado Prémio Puskás, que elege o melhor golo do ano. O ala português, de 28 anos, tem a concorrência de Julio Enciso, com um golo marcado no Brighton-Manchester City, a 24 de maio, e Guilherme Madruga, com o tento apontado no Novorizontino-Botafogo, a 27 de junho.

O jogador do Sporting deu uma entrevista à FIFA, em que abordou o referido golo, pelo qual ganhou um carinho especial. "Já fiz alguns golos dos quais gosto muito, golos muito especiais e bonitos, mas, sem dúvida, este foi especial por ser de letra. É um movimento que não se costuma ver muito no futebol e que treino diariamente. Sem dúvida, foi o golo mais bonito porque é um gesto técnico que não se vê muitas vezes. Estou muito feliz", disse.

Durante algum tempo, o ala esquerdo duvidou se o golo teria alcance para competir com os melhores do Mundo, mas quanto mais o via a ser partilhado na Internet mais acreditava que era possível. "Sendo honesto, quando fiz o golo, na hora nem se pensa muito nisso. Depois de passaram uns dias as pessoas começaram a falar, revi o golo... E, sim, nos dias seguintes pensei que poderia ser o Golo do Ano na Liga. Sobre o Puskás, mais ou menos, porque há golos espetaculares e fantásticos em todo o mundo durante o ano inteiro. Sei que não é um golo comum, mas não pensei nisso. Fico muito feliz porque é um momento muito especial para mim".

Apesar de ter orgulho no golo que marcou, Nuno Santos apreciou bastante as "obras de arte" dos adversários. "O golo de bicicleta do Guilherme Madruga foi fantástico, claro, uma execução muito difícil. Um remate de fora de área e de bicicleta, acho um golo fantástico. Tenho de lhe dar os parabéns. Assim como o golo do Julio Enciso, um golo de fora da área depois de uma jogada coletiva muito boa e um remate fantástico. A bola entra quase na rede lateral, também é um golo fantástico".