A Académica e o Nacional da Madeira empataram hoje 3-3, num encontro, da 29.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, bastante emotivo e sempre imprevisível quanto ao resultado final.
Com este resultado, o Nacional manteve-se na corrida ao objectivo que perseguia, o acesso às competições europeias, enquanto os academistas já tinham garantido a manutenção na Liga pelo nono ano consecutivo.
O treinador dos “estudantes”, André Villas-Boas, surpreendeu com o “onze” inicial, com a estreia do guarda-redes Barroca em jogos da Liga, em vez do titular Rui Nereu, além dos regressos de Pedro Costa, André Fontes e Hélder Cabral, este último numa posição pouco habitual, a de lateral esquerdo com funções ofensivas.
No Nacional, o técnico Manuel Machado, em relação à jornada anterior com o Paços de Ferreira, fez regressar Edgar Costa, Amuneke e Edgar Silva, em detrimento de Luís Alberto, Juliano e Oldoni, respectivamente.
O jogo começou num ritmo louco, pois Diego Barcellos conseguiu um dos golos mais rápidos do presente campeonato, ao inaugurar o marcador aos 36 segundos, num remate fulminante a passe de Edgar Silva, na primeira jogada.
A Académica respondeu bem ao ímpeto ofensivo do Nacional, pois aos sete minutos, na conversão de um livre directo, o “falso” extremo esquerdo Hélder Cabral, de forma irrepreensível, num remate forte, empatou o encontro.
O jogo entrou, então, numa toada morna, muito repartido entre as duas formações, mas, nos últimos cinco minutos da primeira metade, os insulares aceleraram o ritmo, avisando com uma “bomba” de Cléber, que passou ligeiramente ao lado da baliza do jovem Barroca.
Logo no minuto seguinte, numa avançada pela esquerda, Edgar Silva aproveitou de cabeça um centro com conta, peso e medida para estabelecer, ao intervalo, o resultado favorável aos madeirenses por 2-1.
Na segunda parte, sinal mais para a Académica, com o técnico conimbricense a mexer na equipa, fazendo entrar dois avançados, Amessan e Miguel Fidalgo, para os lugares de André Fontes e Pedrinho, no sentido de correr atrás do prejuízo.
Éder ainda ameaçou com um remate por cima da barra, aos 53 minutos, mas seria o antigo avançado do Nacional Miguel Fidalgo, que, há pouco em campo, fez um sprint de mais de 30 metros, tirou um defesa da frente, fintou o guarda-redes e empatou a partida.
Motivados com o golo, os “capas negras” fizeram a reviravolta ao resultado, com o jovem luso-guineense Éder a cabecear entre os centrais insulares e a fazer o 3-2, num golo cheio de oportunidade, à semelhança de Jardel.
O ganês Tiero ainda poderia ter ampliado o resultado, caso o remate que desferiu não batesse na trave contrária, nos minutos finais.
Já no período de descontos, João Aurélio desfez o resultado favorável aos “estudantes”, com um chapéu ao estreante Barroca, empatando a contenda e mantendo o sonho europeu dos insulares.
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