Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na antevisão do jogo com o Arouca, da 8.ª jornada da Primeira Liga.
Jogar poucos dias após derrota da Liga Europa: "Gostamos é de jogar. Podíamos ter tido mais um dia para preparar o jogo mas temos a equipa preparada, os jogadores estão frescos. Houve rotação durante este ciclo. Todos estão preparados. Conhecemos bem o Arouca, sabemos que não ganhámos ao Arouca o ano passado. Daniel Ramos sabe que com o desenrolar do jogo vai criar ansiedade em toda a gente. Queremos entrar bem e ganhar o jogo."
Sporting mais pressionado após a 1ª derrota da época? "Não. É saber ler o momento. Tenho experiência como jogador, nós temos sempre de ganhar, de lutar pelos títulos. Conheço bem o futebol português. Já antecipava os assobios. É sinal de exigência no clube. Os adeptos não ficaram satisfeitos e vi isso com naturalidade."
Sporting entre a euforia e a depressão. Há fantasmas a aparecer? "Temos sempre um dia para tirar as sensações. Já não perdíamos há algum tempo. Acho que é bom jogar a seguir. Não podemos deixar a bola correr como queríamos nos treinos, porque não temos tanto tempo. Há coisas que desgastam, mas sou um otimista por natureza. Diziam que não chegávamos ao Natal há três anos, que não venceríamos na Áustria e na Alemanha. Não acredito nos fantasmas, não acredito que o Sporting é bipolar. Podemos ser campeões e passar na Europa. O que retiro é o que jogamos. A insatisfação dos adeptos morreu naquele jogo. É o mais desgastante, mas não acredito em nada disso. Queremos ficar em primeiro."
Renovação de Coates: "Acho que está prevista no contrato a sua continuidade. Não sou o mais indicado para dizer o que representa Coates para o Sporting, mas tenho a certeza que representa ainda o futuro deste clube. É um exemplo, a forma como jogou contra a Atalanta... Ajuda os colegas. Entrou muito bem. Cada bola dividida deu agressividade e espero que nos continue a dar isso. Mas Ainda pode ser melhor. Não interessa a idade dele. Pode ser melhor como capitão, pode mudar o feitio e dar mais agressividade. Fazia bem a alguns colegas se fosse mais interventivo."
Condição física de St. Juste: "Cada vez está mais próximo. Temos uma paragem a seguir e este jogo que, com um jogo da equipa B, podemos dar-lhe minutos. Ver as sensações dele e tentar que ele cresça."
Se fosse selecionador, e além de Inácio, levaria Pote, Nuno Santos ou Paulinho para a Seleção? "A última vez que falei na Seleção dei quatro pontos a favor do selecionador e um ponto em que não concordei. E foi num tema, não foi na convocatória. Foi no argumento dado e mantenho a opinião. Disse que os meus jogadores deviam ser selecionados, mas se houve alguém que sempre disse que era difícil tirar alguém para meter outro jogador, fui eu. Matheus Nunes não está lá também e tem jogado na melhor equipa do mundo. Não critiquei ninguém, é difícil para todos. Já não me vou meter nisso porque depois dizem que o treinador do Sporting está a criticar."
Gostaria de ter o seu nome numa porta de Alvalade no futuro? "Não quero nada disso. Não quero ser relembrado numa porta, gostaria de ser relembrado como alguém que não se deixou levar pelos fantasmas, pela desgraça ao virar da esquina... Gostava de ser relembrado por podermos andar sempre para a frente. O Sporting está bem encaminhado e é isso que está sempre na minha cabeça. Já houve momentos mais difíceis. Perdemos um jogo na época e foi difícil para toda a gente gerir isto".
O líder Sporting, com 19 pontos, recebe o Arouca, 14.º, com seis, a partir das 20:30 de domingo, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, em partida de encerramento da oitava ronda da I Liga, com arbitragem de António Nobre, da associação de Leiria.
O Sporting-Estoril, da 8.ª jornada da Primeira Liga, está marcado para às 20h30 de domingo, em Alvalade. Um jogo para seguir AO MINUTO no SAPO Desporto.
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