A Liga portuguesa de futebol registou, entre 2010 e 2017, o 12.º melhor registo de assistências entre os campeonatos europeus, com uma tendência de crescimento de 1,8% durante esse período, aponta um estudo hoje divulgado.
Segundo o estudo da associação das ligas europeias profissionais (EPFL), que avalia as assistências em estádios desde o início da época 2010/11 até ao final da temporada 2016/17, a assistência média nos estádios da primeira divisão é de 10.546 pessoas, enquanto a taxa média de ocupação dos estádios é de 48,8%.
Na época transata, apenas quatro clubes apresentaram uma média de assistências superior à média geral da prova (11.838): Benfica, com 55.952, Sporting, com 42.772, FC Porto, com 37.130, e Vitória de Guimarães, com 18.756.
Quanto à percentagem média de ocupação por jogo, apenas Benfica (86,56%), Sporting (85,46%), Marítimo (78,96%), FC Porto (74,21%) e Vitória de Guimarães (62,5%) estão acima da taxa média da temporada, de 60,9%.
Segundo o relatório da EPFL, a tendência nos últimos sete anos foi de crescimento, sendo que a I Liga ocupa o 10.º lugar no ‘ranking’, que inclui apenas os campeonatos primodivisionários da Europa.
O desempenho da principal prova portuguesa melhora quando é tida em conta a relação entre habitantes do país e espetadores nos estádios, tabela na qual Portugal é sexto, atrás de Holanda, Dinamarca, Suíça, Noruega e Escócia, líderes deste ‘ranking’.
Já a II Liga é 46.ª e penúltima na tabela geral, com 925 espetadores de média, sendo também penúltima no ‘ranking’ de competições secundárias profissionais, com um decréscimo de 2,5% no período entre 2010 e 2017.
No segundo escalão, as temporadas mais penalizadoras foram as de 2012/13 (823), 2013/14 (755) e 2014/15 (729). A utilização média dos estádios na segunda divisão ficou-se pelos 16,06%.
Ainda assim, a última época mostrou sinais de recuperação, com uma média de espetadores de 1.083 e taxa de ocupação de 17,4%, num total de 597.816 espetadores nos 24 estádios da competição.
No global, mais de 120 milhões de pessoas assistiram a jogos ao vivo nas ligas profissionais europeias em 2016/17, com a liga alemã no topo da assistência média e a liga inglesa com a maior taxa de ocupação dos recintos.
O relatório nota os aumentos na Polónia e em França, na sequência dos novos estádios construídos para o Euro2012 e Euro2016, e espera “uma tendência semelhante” para a Rússia, que em 2018 recebe o Mundial.
De notar ainda o crescimento das assistências na Suécia, Bélgica e Israel, enquanto Grécia, Roménia, Ucrânia e Turquia registaram perdas superiores a 5%.
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