Os 18 clubes portugueses que participaram na Liga portuguesa de futebol durante o ano que agora terminou – aos 16 actuais juntam-se Trofense e Estrela da Amadora, que participaram na prova na época passada – registaram um balanço positivo de 22,5 milhões de euros.
Esta balança comercial positiva resulta do encaixe de 85 milhões de euros na exportação de atletas para clubes estrangeiros, contra os 62,5 na contratação de jogadores provenientes do exterior.
O destaque vai para o FC Porto, ao contribuir, só por sua conta, com 70,5 milhões de euros em vendas de passes de jogadores, valor que corresponde a 83% do “bolo” final das 18 equipas.
Os portistas cederam oito jogadores durante este período, todos durante o “mercado de Verão”, destacando-se as transferências de Lisandro López (24 milhões) e Cissokho (15), ambos para o Lyon, além de Lucho Gonzaléz (18), que viajou para Marselha.
Nacional da Madeira e Sporting de Braga são as equipas que se seguem no “top” das vendas em 2009, embora com valores muito abaixo dos “dragões”: os madeirenses receberam 4,5 milhões pela transferência de Nené, melhor marcador da Liga na época passada, para os italianos do Cagliari, enquanto o Dínamo de Moscovo depositou três milhões na “conta” dos bracarenses para levar o uruguaio Luís Aguiar.
No pólo oposto, o das importações, foi o Benfica que mais gastou em atletas provenientes do estrangeiro, com 32,1 milhões de euros, correspondente a 51% do total de gastos de todas as equipas.
As contratações do brasileiro Ramires (7,5 milhões), do espanhol Javi Garcia (7) e do argentino Saviola (5) assumem destaque entre os 10 futebolistas contratados pelos “encarnados”.
O FC Porto aparece na segunda posição, após ter gasto 17,6 milhões nas contratações dos sul-americanos Belluschi (5), Álvaro Pereira (4,5), Prediger (4,2) e Falcao (3,9).
Já o Sporting aparece na terceira posição dos mais gastadores, com 10,3 milhões gastos nas aquisições de Sinama-Pongolle (6,5), Matias Fernandez (3,65) e do moçambicano Mexer (160 mil euros).
As verbas gastas pelos três “grandes” do futebol português correspondem, assim, a 96% do valor total dispensado pelas equipas nacionais em jogadores provenientes do exterior.
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