O treinador do Boavista reafirmou hoje o objetivo de "igualar a melhor classificação da década" na I Liga de futebol, que foi o 10.º lugar obtido em 2006/07, o que poderá ser conseguido já na 33.ª jornada.
"Se conseguirmos aquele que é o nosso objetivo agora é uma época positiva. O mérito tem que ser dado aos jogadores, em primeiro lugar, a toda a estrutura e depois ao trabalho desenvolvido pela equipa técnica. Não é só o Miguel Leal, também tenho excelentes adjuntos", disse o treinador na véspera da visita ao Vitória de Setúbal.
O Boavista avançou para esse objetivo depois de alcançar o principal, a manutenção, e Miguel Leal sabe que para tal é preciso manter a equipa motivada, o que, referiu, "nesta altura, não é fácil com quase todas as equipas que atingiram os seus objetivos".
O Boavista ocupa o 9.º posto, com 39 pontos, mais quatro do que o Setúbal, 12.º classificado.
"Vamos jogar contra uma equipa tecnicamente muito boa. Aliás, ganhámos cá (1-0, golo de Fábio Espinho), mas tivemos que fazer um jogo super. Portanto, espero muitas dificuldades", salientou, contando ter uma equipa mais fresca do que a que empatou com o Nacional (2-2).
Instado a fazer já um balanço desta temporada, o técnico ‘axadrezado’ considerou que, "atendendo ao que foram as duas épocas anteriores, foi um campeonato tranquilo e que permitiu ao Boavista estabilizar mais um bocadinho e trilhar um caminho diferente na próxima época, mais exigente na procura de uma estabilidade maior".
Miguel Leal alertou para a necessidade de o Boavista dar "passos muito seguros, porque o passado recente do clube foi muito difícil e para recuperar das feridas é preciso algum tempo".
"Às vezes, querer-se demasiado rápido as coisas podem ser prejudicial, e pode voltar a acontecer o mesmo, por isso tem que se ir com muita calma. Os adeptos também têm que perceber isso. É fundamental que o clube vá crescendo gradualmente de forma a poder depois voltar a ser o que era, porque tem força para isso", completou.
A nível individual, Miguel Leal disse que "foi uma época positiva", como todas as que teve até hoje. "Felizmente, nunca fui despedido. Terminei sempre as épocas a ultrapassar os objetivos que estavam planeados. Para mim, é mais uma de sucesso", concluiu.
O treinador disse ainda que a falta de espaços de treino "foi o problema número um", porque a equipa teve de treinar em sítios diferentes, em campos de qualidade desigual e foi sujeita a "muitas deslocações e isso reflete-se depois no final da época".
O Boavista "está a tentar resolver esse problema" e o administrador da SAD ‘axadrezada’ Digo Braga adiantou estarem a ser criadas "condições para, num curto espaço de tempo, dotar o campo anexo ao Estádio do Bessa com um "relvado natural" para ali poder treinar a equipa sénior.
O Boavista, 9.º classificado, com 39 pontos, joga fora com o Setúbal, 12.º, com 35, na segunda-feira, às 20:00, para a 33.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, tendo sido nomeado para esta partida o árbitro Manuel Mota, da Associação de Futebol de Braga.
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