O Boavista começa a sua 61.ª participação na I Liga, e 10.ª seguida depois da sua reintegração administrativa, em 2014/15, com um impedimento de inscrição de novos futebolistas, entrave recorrente à solidez lograda pelo treinador Petit.
Em plena segunda passagem pelo comando dos ‘axadrezados’, que festejaram este mês o 120.º aniversário, o ex-médio internacional português tem reagido às dificuldades com gradual competitividade, refletida na subida de rendimento entre as últimas duas épocas.
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A estabilização na metade superior da prova continuará a nortear a ambição do Boavista, que ainda não atingiu o encaixe financeiro suficiente em transferências para desbloquear as restrições determinadas pela FIFA e colmatar em tempo útil a perda de cinco titulares.
O único que continua no Bessa é o antigo guarda-redes brasileiro e então capitão Rafael Bracali, que subiu a diretor desportivo, após se ter despedido dos relvados, aos 42 anos.
Se a mudança do ala Ricardo Mangas para o Vitória de Guimarães rendeu um milhão de euros (ME), o gambiano Yusupha (Al-Markhiya), melhor marcador da equipa em 2022/23, e o curaçauense Kenji Gorré (Umm-Salal) reduziram o setor ofensivo em fim de contrato.
Litigiosa foi a saída do defesa norte-americano Reggie Cannon, ao alegar a existência de atrasos salariais para rescindir unilateralmente com o Boavista, cuja atuação limitada no mercado acelerou a urgência de ‘segurar’ jogadores desprovidos de vínculos definitivos.
Os ‘axadrezados’ ativaram as cláusulas de compra do defesa esquerdo nigeriano Bruno Onyemaechi e do avançado eslovaco Róbert Bozeník, que tinham sido emprestados por Feirense, do segundo escalão, e pelo campeão neerlandês Feyenoord, respetivamente.
O central brasileiro Robson Reis foi devolvido ao Santos, ao contrário do médio japonês Masaki Watai, cedido de novo pelo Tokushima Vortis, num plantel que, para já, reúne 31 atletas - 15 dos quais lançados a partir das camadas jovens - e acolheu os regressados Chidozie (ex-Hadjuk Split), Tiago Morais (ex-Leixões) e Jeriel De Santis (ex-Cartagena).
Referência na fase ‘dourada’ do Boavista, eternizada com um inédito título de campeão nacional, em 2000/01, Petit optou pelo ‘4-3-3’ a caminho da quarta época da ‘era’ Gérard Lopez, cuja estreia oficial em 2023/24 originou uma derrota caseira no desempate por grandes penalidades perante a União de Leiria, recém-promovida à II Liga, na primeira ronda da Taça da Liga, e um triunfo na receção ao Benfica, por 3-2, na jornada inaugural da I Liga.
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