Bruno de Carvalho abordou neste sábado as notícias sobre o alegado esquema de corrupção no qual o Sporting estará envolvido, destacando que no clube "não há sacos azuis, verdes ou o que for".
"Aqui não há sacos azuis, verdes ou o que for, não há atos de corrupção, não há contactos com o Brasa, não há emails. Escamotearam tudo o que apareceu ontem. Não me falem em segredo de justiça, porque isto também o está. Onde está o Brasa? Onde está os emails a pedir nomeações? Não vos posso garantir nada. O que posso garantir é que os jogadores são a minha família, que escolhi, em cada modalidade. Saberemos, como sempre fizemos, gerir o Sporting perante qualquer adversidade que surja", referiu o presidente leonino.
"Alertamos desde já que existem jogadores em choque, mas muitas vezes por trás do jogador aproveita-se emocionalmente um advogado ou um agente. Vocês sabem claramente as minhas posições com os bons e os maus agentes, as minhas lutas. Uma coisa garanto: O Sporting não ficará sem os seus ativos, garantirá a segurança de todos e tomará as medidas internas para garantir que jamais volta a acontecer um ato destes. Não há corrupção, não há sacos azuis. O maior especialista de direito desportivo, Meirim, quando entro no futebol, a primeira coisa que faz é um artigo sobre o caso Bruma. E ganhámos. Cá estamos para trabalhar e garantir toda a paz e estabilidade. Não há, juridicamente, nenhuma razão para que os jogadores rescinda", acrescentou.
O presidente do Sporting afirmou ainda que tem a certeza de que o diretor desportivo para o futebol profissional, André Geraldes, “nada fez” e considerou que a operação 'CashBall' é uma criação “criminosa” da comunicação social.
“O André nada fez. É tudo uma invenção criminosa de um jornal”, disse Bruno de Carvalho em conferência de imprensa, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, referindo-se à operação 'CashBall', que investiga a viciação de resultados desportivos.
André Geraldes ficou, na quinta-feira, em liberdade mediante pagamento de caução de 60 mil euros, tendo ficado impedido de exercer funções desportivas, bem como de contactar os restantes arguidos.
Na quarta-feira, após buscas na SAD do Sporting, a Polícia Judiciária (PJ) deteve André Geraldes, os empresários Paulo Silva e João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues.
Os representantes de João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues disseram aos jornalistas que os seus constituintes também ficaram proibidos de exercer funções desportivas e de contactar os restantes arguidos.
Já Paulo Silva, alegado intermediário na tentativa de aliciamentos de jogadores adversários para tentar favorecer o Sporting, também proibido de falar com os outros arguidos, ficou impedido de prestar declarações à comunicação social.
Numa entrevista ao jornal Correio da Manhã, publicada na terça-feira, Paulo Silva confessava ter alinhado num esquema de corrupção, subornando árbitros para favorecer o Sporting no campeonato nacional de andebol de 2016/17, no qual os 'leões' se sagraram campeões.
No dia seguinte, a Polícia Judiciária deu conta de buscas na SAD do Sporting, a que se seguiram as quatro detenções, confirmando-se o alargamento das investigações à esfera do futebol, envolvendo vários jogos da I Liga, em que alegadamente houve tentativa de favorecer a equipa lisboeta.
A Procuradoria-Geral da República, entretanto, confirmou que o número de arguidos subiu para sete.
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