Bruno de Carvalho continua determinado em levar à justiça os antigos dirigentes do clube que considera terem lesado o Sporting com atos de gestão danosa. Na entrevista ao canal do clube, "A Hora do Presidente", o líder leonino congratula-se por não ver mais "no universo sportinguista mais aquele sentimento de obscuridade e suspeição constante".

"Não vejo no universo sportinguista mais aquele sentimento de obscuridade e suspeição constante. A auditoria de gestão foi feita, levada a uma AG - que foram as mesmas que decidiram tanta coisa boa e má, foi e falou quem quis, foi aprovada por larga maioria estes processos. Haverá mais [processos a ex-dirigentes], tem a ver com prazos e não escolhemos os prazos legais, eles é que nos apanham a nós. Mas o mais importante está no local certo, nos tribunais, sai do espectro do Sporting. Demora muito nos tribunais? Mas o foco já está nas pessoas há 20 anos. Se as pessoas já são acusadas há 20 anos, daqui a 10 anos serão acusadas há 30... Não posso aceitar o argumento de que as pessoas vão estar sob um foco onde já estavam, com esse rótulo. Esse rótulo pode terminar de vez, para o bem ou para o mal", comentou Bruno de Carvalho.

O presidente do Sporting vincou ainda que tudo está a ser feito com transparência e que será dada às pessoas hipóteses de apresentarem a sua defesa na justiça.

"Ainda me lembro de ir a AG's com capangas ao lado para me intimidar a mim e à minha família. (...) Mais processos vão entrar mas vamos dar a hipótese às pessoas de um dia terminar essa acusação, pois a suspeição já havia. Temos de confiar todos na justiça. Cumprimos a promessa eleitoral, que era a auditoria de gestão, e a vontade dos sócios", disse o presidente do Sporting, lembrando que nem todos os antigos dirigentes fizeram mal ao Sporting.

"Assim como nós, administração, somos solidários, nos restantes anos para trás e para a frente também o são. Este choque com as pessoas teve de ser, todo o Conselho de Administração colocado no processo vive disso. Isto quer dizer que todos fizeram mal? Não. Que todos fizeram bem? Não. Mas quando se faz parte de uma administração é-se solidário", atirou.