O plantel da União de Leiria voltou na manhã de hoje aos treinos, depois de sexta-feira os jogadores terem recusado trabalhar, alegando atraso no pagamento dos ordenados do plantel.
A equipa regressou à preparação normal do jogo de segunda-feira, com o Olhanense, numa sessão marcada pela lesão do lateral Pedro Almeida, que fraturou um braço na sequência de um lance com o guarda-redes Luiz Carlos.
É mais uma má notícia para Manuel Cajuda, que comentou no final do treino as declarações do presidente da SAD sobre o alegado envolvimento do técnico na "greve" dos atletas.
Sexta-feira, João Bartolomeu acusou Cajuda de instigar os atletas a não treinar, mas, posteriormente, corrigiu a posição, afirmando que a equipa técnica nada teve a ver com a decisão do plantel.
«As primeiras declarações ofendem a minha dignidade pessoal e profissional», reagiu hoje Manuel Cajuda, minimizando a correção feita pelo presidente: «É extremamente grave aquilo que aconteceu. Não sou ativista, nem sou sequer muito sindicalista, sou treinador de futebol. Não me parece que seja minha missão andar a incentivar o que quer que seja».
Para além da polémica, Manuel Cajuda continua a acreditar na manutenção da União de Leiria na Liga, mesmo depois de mais uma semana muito complicada.
«Tenho bons exemplos para pensar: o FC Porto há oito dias tinha cinco pontos de atraso e hoje tem três, que são quatro, de avanço», disse.
O técnico garante que vai ficar no comando do plantel, porque só pensa «em beneficiar e ajudar a União de Leiria».
«Foi por isso que vim para cá e essa é a única causa que me move: trabalhar o melhor que sei e o melhor que posso, tentando, dentro das condições que tenho, fazer o melhor para a União de Leiria», finalizou.
Os leirienses recebem segunda-feira o Olhanense no Estádio Municipal da Marinha Grande, a partir das 20h15, em jogo da 21.ª jornada da Liga, com arbitragem de Bruno Paixão, de Setúbal.
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