A Câmara de Vila Nova de Famalicão anunciou hoje que vai fazer obras no Estádio Municipal de quase 8 milhões de euros "para dotar" aquele equipamento das "atuais exigências", garantindo "as condições de segurança" das bancadas mais antigas.
"Pela sua dimensão e natureza, o município de Vila Nova de Famalicão merece um estádio de futebol que proporcione condições para que o clube mais representativo da terra se posicione em termos nacionais e até mesmo internacionais, como está atualmente a acontecer, projetando positivamente a imagem do nosso concelho", explicou à Lusa o presidente da autarquia.
O Futebol Clube de Famalicão subiu de divisão no final da época passada, integrando na época que brevemente se inicia a Primeira Liga do campeonato português, sem que a obra será apresentada e discutida quinta-feira, na reunião do executivo, liderado por maioria absoluta pelo PSD/CDS-PP.
Paulo Cunha referiu ainda que "por outro lado é importante proporcionar condições para que os famalicenses e quem nos visita possam assistir ao espetáculo com o conforto adequado".
Quanto ao valor da empreitada, cujo preço base é de 7.870,70 euros, ao qual acresce o IVA à taxa legal em vigor e com o prazo de execução superior a 400 dias, o autarca explica que "é um investimento que se impõe e que terá um dos rácios mais baixos de custo por lugar, tendo em conta o padrão de investimento de outros complexos desportivos do país".
No caderno de encargos da obra, a que a Lusa teve acesso, estão inscritos itens como: Reformulação dos espaços de descompressão destinados ao público, reformulação das áreas térmicas com a construção de edifício contíguo à bancada poente, demolição das construções existentes do lado poente do relvado, construção da bancada central poente adjacente ao novo edifício, reabilitação, adaptação e execução de cobertura da bancada nascente, ampliação da capacidade do estádio, rebaixando o relvado e execução de novas filas", entre outras melhorias e requalificações.
Segundo Paulo Cunha, "a requalificação do Estádio Municipal dotará o espaço de condições para receber jogos internacionais, mas o número de lugares previstos nesta obra não permite a sua utilização em jogos da Liga Europa e Liga dos Campeões da UEFA".
No entanto, as intenções da autarquia e do milionário israelita investidor e responsável máximo da SAD do Famalicão parecem estar sem sintonia a "tentar algo maior", segundo afirmou Idan Ofer no dia da subida à Primeira Liga.
"Vamos ver o próximo objetivo. Mas queremos ir longe (…), disse o responsável e que à pergunta sobre se pensa na luta por lugares europeus referiu: "Obviamente espero lutar por isso".
Paulo Cunha deixou em aberto a possibilidade dos jogos a nível europeu poderem vir a ser realizados "em casa" e não num estádio emprestado.
"A eventual construção futura de bancadas nos topos ultrapassará essa limitação no futuro", disse o autarca.
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