A Câmara Municipal de Matosinhos prestou uma homenagem a Vítor Oliveira, ao erguer uma placa com o nome do experiente treinador, com uma longa carreira no futebol nacional, no local onde morreu há mais de um ano.
“Uma simples, mas sentida, homenagem a Vítor Oliveira, no local onde partiu, naquela manhã de sábado de 28 de novembro de 2020”, anunciou a autarca Luísa Salgueiro, numa publicação partilhada nas redes sociais, juntamente com uma fotografia da placa.
Vítor Oliveira morreu aos 67 anos, depois de se sentir indisposto enquanto caminhava na zona de Matosinhos, numa fase em que já era comentador televisivo e estava sem clube desde 2019/20, quando guiou o regresso pela via administrativa do Gil Vicente à I Liga.
Nascido em 17 de novembro de 1953, em Matosinhos, atuou como jogador ao serviço de Leixões, Paredes, Famalicão, Sporting de Espinho, Sporting de Braga e Portimonense, entre 1970 e 1985, ajudando os famalicenses a subirem à divisão maior, em 1977/78.
Um ano depois, o ex-médio assumiu as funções de treinador-jogador do Famalicão por dois jogos, antes de efetivar a carreira nos bancos no Portimonense a partir de 1985, que se estendeu ao longo de mais de três décadas e incluiu 19 clubes do futebol português.
Vítor Oliveira somou 18 presenças no escalão principal, ao qual voltou há três anos para orientar o Gil Vicente, que subira diretamente do Campeonato de Portugal, após o ‘caso Mateus’, ficando na 10.ª posição, com 43 pontos, 10 acima da zona de despromoção.
Os ‘galos’ foram o emblema que o matosinhense orientou mais vezes na carreira, num total de três passagens distintas por Barcelos (1992-1995, 2001-2003 e 2019/20), que ajudaram a suplantar a marca redonda dos 400 jogos como treinador principal na I Liga.
Após duas épocas iniciais em Portimão, onde voltou entre 2016 e 2018, o técnico ainda trabalhou na elite com Paços de Ferreira (1991/92), Vitória de Guimarães (1995/96), Sporting de Braga (1998/99), Belenenses (1999/00) e União de Leiria (2007/08).
Nesse trilho pelo escalão principal, vivenciou as descidas de Académica (2003/04) e Moreirense (2004/05) à II Liga, patamar no qual optou por trabalhar várias vezes e ficou reconhecido como o ‘rei das subidas’, ao festejar 11 promoções e conquistar seis títulos de campeão (1990/91, 1997/98, 2006/07, 2013/14, 2016/17 e 2018/19) em 18 épocas.
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