O treinador Carlos Carvalhal disse hoje querer vencer o Arouca, no domingo, na 33.ª jornada da I Liga de futebol, e revelou que esta época do Sporting de Braga foi a que mais “gozo” lhe deu na sua carreira.
O Sporting de Braga está a uma vitória de superar a pontuação alcançada na época passada (64 pontos) e o treinador assume esse como o principal objetivo agora a alcançar até ao final da época.
Contudo, se vencer, o Arouca garante a manutenção e Carlos Carvalhal espera, por isso, “um jogo difícil”, mas para ambas as equipas.
“Por um lado, o Arouca precisa de pontuar e isso torna o desafio mais difícil e, por outro, o Braga vai querer ganhar. Temos objetivos importantes até ao final da época, queremos melhorar a pontuação do ano passado e vamos entrar na máxima força. Vamos querer fazer uma despedida de uma época muitíssimo boa perante os nossos adeptos que bem merecem pelo apoio que nos deram de forma permanente nestes dois anos”, disse.
O treinador quer os jogadores “sérios e concentrados” e elogiou o treinador do Arouca, Armando Evangelista.
“Está a fazer um excelente trabalho, na última época subiu a equipa no ‘play-off’ e está em boa posição de ficar na I Liga agora”, disse.
Questionado sobre se este será o jogo de despedida dos adeptos do Sporting de Braga, o treinador referiu que este “é um jogo de despedida da época”, mas para si “nunca será uma despedida do Sporting de Braga”.
“Eu sou Sporting de Braga e esta é a minha casa, em circunstância alguma será uma despedida”, frisou.
Questionado sobre se esta foi a época mais desafiante da carreira, Carlos Carvalhal disse não poder dizê-lo enumerando as passagens pelo Sporting, Besiktas e Vitória de Setúbal como muito complicados.
“Cheguei ao Sporting em nono lugar, foi muito complicado, no Beskitas fui substituir um treinador que estava preso, que depois saiu da prisão e queria voltar a pegar na equipa, mas os adeptos não deixaram, foi surreal e um dia vou escrever um livro sobre isso, porque não imaginam o que passei lá, foi um desafio quase levado ao limite quando pensei que o Sporting tinha sido o ano mais difícil da minha carreira. Não posso esquecer o ano no Vitória de Setúbal, em que ganhámos a Taça da Liga e o clube estava perto da bancarrota. O presidente deu-me carta branca para contratar e despedir, fui treinador e manager e fizemos um ano brilhante”, lembrou.
A presente temporada no Sporting de Braga “foi um desafio aliciante, bonito, que deu um gozo tremendo”.
“Foi o que me deu mais gozo, ganhar uma Taça de Portugal pelo meu clube, o troféu mais importante que está na vitrina do Sporting de Braga foi especial, assim como o lançamento dos miúdos que me trouxe memórias de felicidade de quando me estreei”, disse.
Ricardo Horta está a um golo de igualar Mário Laranjo como o melhor marcador de sempre do Sporting de Braga.
“Temos consciência disso, mas estrategicamente nem devo falar disso, porque, diz-me a experiência, essa pressão acumulada para que faça golos funciona ao contrário. Tem de jogar o seu normal e, depois, é um potencial concretizador da equipa”, disse.
Instado sobre quando é que o Sporting de Braga estará em condições de lutar pelo título, Carlos Carvalhal voltou a frisar a importância da centralização dos direitos televisivos, para uma maior capacidade financeira, tendo destacado ainda o papel da aposta na formação do clube de forma a “criar uma base” da equipa.
Sporting de Braga, quarto classificado, com 62 pontos, e Arouca, 15.º, com 30, defrontam-se a partir das 18:00 de domingo, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado por Tiago Martins, da associação de Lisboa.
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