Carlos Carvalhal considerou que a saída de Paulinho para o Sporting era inevitável, mas não esconde o forte impacto que o adeus ao avançado teve na equipa bracarense.
Em entrevista ao programa 'Grande Área', da RTP3, na última noite, o técnico do SC Braga explicou que financeiramente o negócio com o Sporting serviu para garantir que os arsenalistas alcançavam o valor de vendas necessário por época, em termos de pandemia.
"O presidente tem feito uma gestão rigorosa do clube. O SC Braga tem de realizar todos os anos 15 milhões de euros para ser um clube sustentável e saudável. Perante esta oportunidade de negócio, com a pandemia, em que não sabemos o que vai acontecer no mercado, em que o mercado de janeiro foi fraquissímo, a transferência acabou por ser inevitável", começou por explicar.
Apesar de financeiramente ser positivo, Carvalhal não esconde o impacto que a saída de Paulinho teve no jogo da sua equipa, ainda que a ausência do avançado tenha feito despontar outro nome.
"Desportivamente, tínhamos um jogo interior fortíssimo com o Paulinho, o Iuri e o Ricardo Horta, que eram os que mais jogavam nessa altura. Com a lesão do Iuri e a saída do Paulinho, levámos um 'rombo no porta-aviões'. Fomos capazes de nos reinventar, deu para emergir o Abel Ruiz, transformou-se completamente", acrescentou.
O treinador arsenalista foi ainda questionado sobre o possível título do Sporting no final da época, considerando que só um 'desastre' poderá alterar isso.
"Acho que só uma hecatombe é que vai fazer com que o Sporting não seja campeão. Tem tido mérito, faz grandes jogos e é uma equipa muito sólida, não perdeu ainda e vê-se que quando entra em campo para disputar um jogo, vemos que vai acabar por ganha-lo. Tem-no feito e feito muito bem", considerou.
Sobre o FC Porto e a campanha na Champions, Carvalhal considera que o clube treinado por Sérgio Conceição pode chegar mais longe na prova.
"Na altura, para a Gazzetta dello Sport, respondi a várias questões e disse que a eliminatória era 50/50. O jornalista voltou a questionar se tinha certeza. Se com a Juventus é 50/50, o FC Porto pode perfeitamente chegar o mais longe possível", notou.
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