O treinador César Peixoto afirmou hoje que o Gil Vicente tem de tornar o Estádio Cidade de Barcelos “num forte”, antes da receção ao Santa Clara, no sábado, para a 26.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Há quase duas semanas no comando da formação gilista, 14.ª da tabela, com 23 pontos, os mesmos do 16.º, AVS, em lugar de play–off de manutenção, o técnico de 44 anos vincou que o plantel “recebeu muito bem” a “ideia de jogo” que defende e lhe transmitiu “boas sensações” antes da receção aos açorianos, quintos, com 40 pontos.

“São duas semanas de muito trabalho, com naturalidade. Com as sessões de trabalho, as coisas ficam mais bem assimiladas. A equipa vai melhorar defensivamente e trabalhou muito ofensivamente para este jogo. Vamos ser uma equipa competitiva, frente a uma equipa muito difícil, que está a fazer um campeonato muito bom. Queremos fazer da nossa casa ‘um forte’”, disse, na antevisão ao desafio.

Ao ‘leme’ de um conjunto que interrompeu um ciclo de seis derrotas consecutivas na jornada anterior, na visita ao Estrela da Amadora (1–1), adversário com os mesmos pontos na I Liga, César Peixoto afirmou ter encontrado um grupo “com qualidade”, “ávido e sedento de adquirir” as suas propostas de jogo e rejeitou qualquer tendência “depressiva” nos jogadores.

Na presente época, o treinador viveu um ciclo semelhante quando orientava o Moreirense, formação que contabilizou nove jogos sem triunfos até derrotar o Casa Pia (3–2), na 22.ª jornada, em 15 de fevereiro, mas lembrou que ‘cónegos’ e gilistas são clubes diferentes e que o “mais importante” é “traçar um caminho” em cada caso e “acreditar nele”.

“O caminho é preparar o futuro. Temos de ser uma equipa humilde, competitiva, agressiva e de ganhar duelos para, mais tarde, os jogadores se divertirem dentro do campo. É também importante subir fisicamente os índices da equipa. Estamos confiantes para um jogo difícil”, perspetivou.

Vitorioso perante o Santa Clara na oitava jornada (1–0), ainda no comando da equipa de Moreira de Cónegos, o técnico realçou que a formação de Ponta Delgada continua a ser “muito organizada e agressiva”, “forte nas transições ofensivas”, com “dois jogadores rápidos na frente”, sob o comando do mesmo treinador, Vasco Matos.

Convencido de que o Gil Vicente se tem de preocupar mais com as tarefas a realizar em campo do que com os atributos dos oponentes, César Peixoto considerou que a paragem que se segue ao embate de sábado é benéfica, por lhe dar mais tempo com o plantel sem a pressão do jogo ao fim de semana.

“Temos mais tempo para trabalhar tecnicamente e taticamente por forma a equipa poder render. Se estivéssemos num ciclo positivo, preferia que o campeonato continuasse, porque as coisas estavam a correr bem. Ter mais tempo para trabalhar com os jogadores é sempre benéfico”, observou.

O Gil Vicente, 14.º classificado, com 23 pontos, recebe o Santa Clara, quinto, com 40, em jogo da 26.ª jornada da I Liga portuguesa, agendado para sábado, às 15:30, no Estádio Cidade de Barcelos, com arbitragem de Iancu Vasilica, da associação de Vila Real.