Falando na cerimónia comemorativa do segundo aniversário daquela unidade especial da PSP, Magina da Silva considerou necessário "repensar o quadro legislativo aplicado a este tipo de fenómeno violento" desportivo.

Em jeito de reflexão, e poucos dias depois dos incidentes que ocorreram entre adeptos do FC Porto e do Benfica que provocaram várias detenções, Magina da Silva defendeu uma "penalização cirúrgica e com mão pesada para todos os que transformam os campos de futebol em campos de batalha".

Antes e durante a partida do Estádio do Dragão registaram-se vários incidentes, nomeadamente o arremesso de pedras, bolas de golfe e outros objectos na direcção dos autocarros das equipas e para dentro do relvado.

Por sua vez, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, enalteceu o "serviço dedicado e cheio de bravura dos elementos da UEP" e o seu papel decisivo no combate à criminalidade violenta e grave.

"Quero enaltecer a coragem, bravura e dedicação suprema da unidade e a forma eficaz para o combate à criminalidade violenta e grave", disse.

Segundo o ministro, há três preposições fundamentais quando se fala em segurança interna: "o combate à criminalidade violenta e grave, o prevalecimento da ordem pública e o facto de a força pública ter sempre de se superiorizar à força do crime".

O director nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), Oliveira Pereira, sublinhou a "energia, coragem e dedicação suprema da unidade".

A UEP, com sede em Belas, concelho de Sintra, é formada por cinco sub-unidades: Corpo de Intervenção, Grupo de Operações Especiais (GOE), Corpo de Segurança Pessoal, Grupo Operacional Cinotécnico e Centro de Inactivação de Engenhos Explosivos e Segurança em Subsolo.

Durante a cerimónia vários polícias pertencentes a unidades foram agraciados com louvores públicos por feitos considerados extraordinários.