Metade dos clubes que participaram na edição 2020/21 da I Liga portuguesa de futebol não mexeram nas escolhas iniciais, incluindo os cinco primeiros.
Rúben Amorim, que conduziu o Sporting ao título, Sérgio Conceição (FC Porto), Jorge Jesus (Benfica), Carlos Carvalhal (Sporting de Braga), Pepa (Paços de Ferreira), Daniel Ramos (Santa Clara), Petit (Belenenses SAD), o espanhol Pako Ayestarán (Tondela) e Paulo Sérgio (Portimonense) foram os resistentes.
Pelo contrário, os restantes nove técnicos que iniciaram a época 2020/21 foram ‘chicoteados’ no decorrer da prova, sendo que o Vitória de Guimarães foi o primeiro a mudar e também o último, totalizando nada menos do que quatro, todos efetivos.
A escolha inicial recaiu no ex-internacional luso Tiago Mendes, que no seu primeiro grande desafio como treinador principal só resistiu três jornadas, saindo, curiosamente, após o primeiro triunfo, na receção ao Paços de Ferreira (1-0).
Seguiu-se João Henriques, que recebeu a equipa na 10.ª posição e deixou-a na sexta, de acesso à Liga Conferência Europa, após a 25.ª jornada, não resistindo a uma série de quatro derrotas consecutivas, a última na receção ao Tondela (1-2).
Bino Maçães, também em estreia na I Liga, foi o terceiro técnico da época e previa-se que fosse o último, mas só resistiu sete jogos, dos quais só venceu dois.
Nas duas últimas rondas, a aposta foi no ex-jogador dos minhotos Moreno, que empatou o primeiro, perdeu o segundo (1-3 com o Benfica) e deixou ‘fugir’ a Europa.
Se o Vitória teve quatro treinadores, um trio de equipas contou com três, o Famalicão, o Moreirense e o Marítimo, formações que estiveram quase sempre mais perto da zona da descida do que da Europa, mas acabaram por se salvar antes da ronda final.
O Famalicão começou com João Pedro Sousa, que na época passada tinha feito sensação, conseguindo inclusive andar na liderança da competição, prosseguiu com Jorge Silas e acabou com Ivo Vieira, que protagonizou uma final de grande nível.
Por seu lado, o Moreirense escolheu, inicialmente, Ricardo Soares, mudou para César Peixoto e, ainda em plena primeira volta, contratou Vasco Seabra, que se estreou à 13.ª ronda, depois de um jogo com Leandro Mendes como interino.
Quanto ao Marítimo, Lito Vidigal ‘acabou’ à oitava ronda, o brasileiro Milton Mendes parecia aposta interina, mas ficou até à 22.ª, altura em que o último lugar ‘assustou’ Carlos Pereira, que apostou no espanhol Júlio Velázquez para a reta final.
Os outros cinco clubes apenas procederam a uma alteração, sendo que, de todos, só o Gil Vicente, que trocou Rui Almeida por Ricardo Soares, após a sétima ronda, chegou descansado à última ronda, para a qual o Nacional, com Manuel Machado em vez de Luís Freire após a 24.ª, partiu já despromovido.
No último ‘suspirou’, salvou-se o Boavista, que começou com Vasco Seabra e prosseguiu com Jesualdo Ferreira a partir da 10.ª jornada, enquanto o Rio Ave, de Mário Silva (até à 11.ª) e Miguel Cardoso (da 16.ª à 34.ª), depois de Pedro Cunha (12.ª à 15.ª) fazer a transição, ruma ao ‘play-off’.
Por seu lado, Jorge Costa não conseguiu evitar a descida do Farense, ao qual chegou à 17.ª jornada, em substituição de Sérgio Vieira.
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