O Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deu hoje provimento ao recurso do árbitro Manuel Oliveira, absolvendo-o da omissão em relatório das agressões de Jorge Jesus a um polícia, em Guimarães.

Segundo o acórdão do CJ, a que a Lusa teve acesso, foi revogada a decisão do Conselho de Disciplina (CD) de 05 de março, que puniu com um jogo de suspensão o quarto árbitro da partida da quinta jornada da I Liga, tal como fez aos restantes árbitros e delegados ao jogo.

Manuel Mota é, assim, absolvido das infrações que lhe foram imputadas, isto é, falta de informações a que se encontram obrigados, segundo o artigo 196.º do Regulamento Disciplinar, sob o qual foram punidos o árbitro Bruno Esteves, os seus assistentes, assim como os delegados da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Paulino Carvalho e Carlos Santos.

O recurso do “juiz” da Associação de Futebol do Porto assenta no facto de não se encontrar no terreno de jogo aquando o incidente com o treinador do Benfica, ao que junta a inexistência de “responsabilidade solidária da equipa de arbitragem” no que diz respeito ao relatório final, que é distinto para o quarto árbitro, segundo os regulamentos da FPF.

O acórdão do CJ, na discriminação dos seus fundamentos para absolver Manuel Mota e revogar a decisão do CD sobre o mesmo, lamenta que a Comissão de Instrução e Inquéritos, da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), “(...) nada tenha feito para conseguir as imagens do interior do túnel que o Vitória de Guimarães facilitou à polícia”.

“Imagens em que o aqui recorrente ficaria excluído em definitivo dos factos pelos quais foi punido, pois as mesmas iriam provar que esteve no túnel após o término do jogo e iria precisar a que minuto se deslocou para o relvado”, refere o documento com a decisão do CJ.