O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, admitiu hoje que o FC Porto, depois de ter eliminado a Juventus nos oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol, pode agora chegar à final e vencê-la.
"Depois de ter eliminado a Juventus, o FC Porto pode ir à final e ganhá-la. É o meu desejo e esperança, acredito que é possível. Acreditava em 1987 quando ninguém acreditava, o Artur Jorge foi contagiado e passou a acreditar. No futebol não há vinganças. Tirando a final de 1984 com a Juventus, de resto participámos em mais sete finais e ganhámos todas. Seja qual foi o adversário queremos ganhar", disse em entrevista ao Porto Canal.
Questionado sobre se o desempenho na Liga dos Campeões poderá salvar a época, o presidente foi perentório.
"A ‘Champions' não salva face a ninguém. A acontecer um percurso como o nosso, é uma mais-valia, porque é a maior prova de clubes do mundo e em que todos querem participar. Nos quartos de final são oito equipas no meio de centenas. O FC Porto entra em tudo para ganhar, mas não entra sozinho e neste momento foi eliminado da Taça de Portugal com fatores que não foram normais, está em segundo no campeonato, mas matematicamente ainda pode chegar ao primeiro e tem acesso à ‘Champions’. Estamos a encarar a ‘Champions' como sendo dos poucos que ganharam duas vezes e querem ganhar a terceira", admitiu ainda.
Sobre o campeonato, Pinto da Costa disse que o segundo lugar não é objetivo e garantiu que todos acreditam que ainda pode ser possível alcançar o primeiro lugar.
"As condições são ganhar os jogos que nos faltam e esperar os resultados dos outros. Ganhando os nossos garantimos o segundo lugar, que não é nunca o objetivo, mas garante a presença na ‘Champions' no ano que vem. Enquanto matematicamente for possível, a equipa entra a pensar no primeiro lugar", disse.
O presidente dos FC Porto voltou a abordar a questão da ausência de público nos estádios e referiu que esse assunto "é incompreensível".
"A ausência do público é incompreensível. É inexplicável que tenha havido público nas touradas, espetáculos de humoristas e o futebol que é um deporto ao ar livre, com estádios com capacidade para 50 mil pessoas, não pode ter 10 ou 20 mil pessoas. Há camarotes que são de famílias, e não os podem usar. Podem estar em casa juntos a ver o futebol, mas no estádio, que é ao ar livre, não podem. É areia a mais para a minha camioneta", lamentou.
Pinto da Costa abordou ainda a situação da equipa B que ocupa o último lugar da tabela classificativa da II Liga portuguesa de futebol, correndo o risco de descida.
"Disseram-me que havia vários complôs para que o FC Porto B descesse. E apresentaram várias teorias. Uma delas é que a federação tinha interesse que descesse. Isto porque indo para a III divisão os jogos davam no Canal 11. E outra teoria que era um complô da APAF. Não acredito num nem noutro. O que disse à pessoa com quem falei foi que não acredito", começou por dizer.
O dirigente garante que não acredita em "complôs" e fala em "incompetência" da arbitragem.
"Mas o que é certo é que domingo após domingo, o FC Porto perde pontos apenas por responsabilidade dos árbitros. Se não for esses dois complôs, diga por que é, disseram-me. Em bruxas não acredito, milagres só em Fátima e raramente. O último jogo em Chaves, o FC Porto B faz o golo da vitória faltavam três minutos para o fim, mas foi anulado por um fora de jogo que não existiu. Foi a pensar no complô da APAF? Não. Foi a pensar no complô da Federação? Não. Foi por incompetência, incapacidade? Se calhar foi. Milagre não foi, em bruxas não acredito", finalizou.
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