O presidente da Assembleia Geral do Sporting José Dias Ferreira anunciou hoje, no programa “Dia Seguinte” da SIC Notícias, que é candidato à presidência do clube.
«Hoje posso dizer que sou», disse Dias Ferreira, quando questionado sobre se vai ou não candidatar-se à presidência dos "leões".
O anúncio ocorre no dia em que os órgãos sociais se demitiram, na sequência da resignação do presidente José Eduardo Bettencourt, e implica que Dias Ferreira deixe a presidência da Assembleia Geral, entregando a responsabilidade da condução do processo eleitoral ao “vice” Paulo Abreu.
Dias Ferreira anunciou igualmente que deixará igualmente de ser comentador do programa “Dia Seguinte”, por considerar que não seria ético beneficiar de uma tribuna que lhe concede uma visibilidade que os outros candidatos à presidência do Sporting não dispõem.
Os membros dos órgãos sociais que hoje resignaram oficialmente manter-se-ão nos respectivos cargos até à tomada de posse dos novos corpos gerentes, que irão sair do ato eleitoral de 26 de Março, para o qual já há um candidato assumido, Bruno de Carvalho, e quatro potenciais, Godinho Lopes, Rogério Alves, João Rocha Júnior e Zeferino Boal.
Entretanto, o primeiro candidato a assumir corporizar uma candidatura (Braz da Silva) desistiu, justificando a decisão com o “clima de guerrilha” que impera no clube.
Dias Ferreira assumiu pela primeira vez funções directivas no Sporting a 13 de Agosto de 1980, como vice-presidente do secretariado-geral, a convite do antigo presidente João Rocha, por intermédio de Nunes dos Santos, outro antigo dirigente.
Voltaria a integrar outro elenco directivo seis anos depois, em 1986, como vice-presidente da direcção encabeçada por Amado de Freitas, que sucedeu a João Rocha.
Na parte final do mandato de Amado de Freitas, que se prolongou até 1988, Dias Ferreira assumiu a responsabilidade de dirigir o departamento de futebol profissional. Nesse mesmo ano, Jorge Gonçalves venceria as eleições e sucederia a Amado de Freitas na presidência do clube.
Vinte e cinco anos após a sua primeira experiência directiva no Sporting, ou seja, em 2005, Dias Ferreira assumiu pela primeira vez a candidatura à presidência, com eleições já marcadas para o ano seguinte, em 2006.
No entanto, a renúncia subsequente de Dias da Cunha ao cargo de presidente, o aparecimento de Soares Franco como alternativa para ocupar esse vazio presidencial e toda a controvérsia que se seguiu em torno da venda do património do Sporting, acabaram por demover Dias Ferreira.
Três anos depois, as circunstâncias impulsioná-lo-iam a encabeçar nova candidatura à presidência, no contexto das eleições de Maio de 2009, na sequência das quais Bettencourt sucedeu a Soares Franco.
Um dos acontecimentos mais marcantes dessa fase pré-eleitoral foi a agressão de que foi vítima à saída do seu escritório em Lisboa por dois indivíduos não identificados, que lhe terão feito ameaças caso decidisse mesmo avançar, ideia que deixou cair depois de Bettencourt o ter convidado para assumir a AG, em detrimento de Rogério Alves.
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