Cinco dirigentes do Vitória de Guimarães e o próprio clube estão acusados de abuso de confiança fiscal qualificado, por alegadamente se terem apropriado de 219.259 euros de IRS retido na fonte, informou hoje a Procuradoria-Geral Distrital do Porto.
Em nota publicada no seu site, a Procuradoria refere que os factos remontam a 30 de abril de 2012, quando o presidente e os quatro vice-presidentes do Vitória “determinaram” que fossem pagos aos jogadores de futebol os salários vencidos em dezembro de 2011.
Segundo a acusação, foram deduzidos 219.259 a título de retenção na fonte de IRS, mas esse montante não foi entregue à Administração Tributária “como se impunha”.
O início do julgamento está marcado para 21 de novembro, no Tribunal de Guimarães.
A 10 de abril de 2012, quando tomou posse como 24.º presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes afirmou que a situação do clube era “ainda pior" do que esperava e adiantou que iria ter que liquidar os salários em atraso dos futebolistas por fases.
Prometeu que "logo no início” da semana seguinte teria lugar a regularização de parte dos quatro meses de salários em atraso do plantel de futebol.
Mendes disse ainda que o passivo era de 22 milhões de euros.
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