Eduardo Moreira, técnico e metodólogo de treino nos franceses do Créteil-Lusitanos, considerou em declarações ao SAPO Desporto que o papel de Roger Schmidt foi fundamental para que o Benfica conseguisse alcançar o 38.º título de campeão nacional da sua história.

“Penso que o principal impacto foi a novidade, terá sido o ar fresco que trouxe. Uma metodologia nova, uma mentalidade nova, todos abraçaram essa novidade e depois foi a consistência. É sempre a consistência que faz os campeões, aquela equipa que se revela mais consistente. Todas as equipas têm oscilações, mas há aquelas que passam por fases menos boas e continuam a ganhar, e há outras que passando as mesmas fases não o conseguem fazer. Isso faz a diferença quando se luta por um título", começou por comentar antes de analisar os méritos do técnico alemão e o que trouxe à equipa do Benfica.

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"Este ano penso que um dos méritos do Roger Schmidt, apesar das oscilações que houveram, foi fundamentalmente essa mentalidade, essa novidade, essa frescura e essa consistência nos momentos menos bons, o de conseguir apresentar resultados. Conseguiu potencializar e fazer com que o plantel do Benfica fosse rentabilizado ao máximo e isso fez a diferença. E também a qualidade do plantel. Essa mentalidade mais ofensiva, de olhar nos olhos todos por igual, não interessa se são jogos grandes ou menos grandes, o foco, o compromisso, e a entrega estiveram sempre lá, independentemente de nalgumas ocasiões as decisões a nível estratégico não terem sido as melhores. Mas o que interessa são os resultados, estamos a falar de alto rendimento, e de uma época muito bem conseguida e que terminou na conquista de um título nacional", destacou.

Sobre a menor rotatividade da equipa ao longo do ano, os resultados acabaram por dar razão ao alemão. Até porque o plantel do Benfica "não é assim tão homogéneo", de acordo com o técnico do Créteil-Lusitanos.

"Foi algo criticado nesse sentido, mas terão sido os jogadores que lhe deram mais confiança, ele encontrou ali um núcleo duro e uma espinha dorsal por onde seguir e isso fez com que a equipa conseguisse essa consistência e estabilidade. E nos momentos em que não houve essa frescura física, os resultados apareceram na mesma. Quando houveram algumas trocas, a equipa oscilou porque é preciso novamente encontrar essas rotinas. Os jogadores são muito diferentes e o Benfica tem um plantel com alguma quantidade e com bastante variabilidade. E se estamos constantemente a mudar o onze, apenas por motivos físicos, vamos perder mais no resto e aqui é o jogo da balança e tem que se tentar equilibrar as coisas e num plantel como o do Benfica, que não é assim tão homogéneo, em termos de caraterísticas poderia levar a equipa a perder a sua identidade. Foi isso que Roger Schmidt não quis fazer e tentou sempre manter essa linha e obviamente que teve sucesso. Todos os treinadores têm as suas motivações e obviamente que Roger Schmidt terá tido as suas", explicou.

Nesse sentido, a época do Benfica acaba por ser bem conseguida. "Mesmo que não tivesse ganho, o futebol de alto rendimento é para quem ganha e ponto final, agora numa análise mais profunda o trabalho foi muito bem desenvolvido. É uma época extremamente positiva e com boas bases já lançadas para a próxima época", elogiou Eduardo Moreira.

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