Quando está concluído o primeiro terço da principal competição do futebol português, os encarnados, melhor ataque da prova, com 31 golos, aparecem destacados na liderança do número de golos apontados no último quarto de hora, registo que equivale a cerca de um terço da sua facturação.
Dos 11 tentos marcados, quatro assumem especial importância, por terem oferecido 10 pontos, resultantes de um empate - golo de Weldon ao Marítimo (1-1), na primeira jornada - e três vitórias - Ramires, ao Vitória de Guimarães (1-0), Cardozo, à União de Leiria (2-1) e Javi Garcia, à Naval (1-0), este na última jornada.
Atrás do conjunto da Luz, aparece o líder Sporting de Braga, com sete golos, quatro dos quais resultaram no mesmo número de triunfos (12 pontos): três tentos de Meyong, frente a Académica (1-0), Sporting (2-1) e Martímo (2-1), e um de Alan, frente ao Olhanense (1-0), já em tempo de compensação.
No caso dos bracarenses, os números demonstram mesmo que o último quarto de hora é o de maior acerto nas balizas adversárias, pois cerca de metade dos 15 golos apontados na Liga aparecem durante esse período.
O FC Porto, com cinco golos marcados (menos de metade do rival lisboeta), completa o pódio das equipas mais concretizadoras nos últimos 15 minutos, embora apenas o tento do colombiano Falcao ao Paços de Ferreira (1-1), na primeira jornada, tenha sido lucrativo para os portistas, pois todos os outros confirmaram vitórias.
Quanto ao outro grande do futebol português, o Sporting, aparece no quarto lugar, a par de Académica e Leixões, com quatro golos, sendo dois decisivos para a conquista de duas vitórias (seis pontos): Liedson, ao Paços de Ferreira (1-0), e Vukcevic, ao Olhanense (3-2), tento que deu a volta ao marcador, depois da desvantagem de 2-0.
No pólo oposto, o de quem menos marca no último quarto de hora, encontram-se cinco equipas, com apenas um tento registado: Belenenses, Marítimo, Olhanense, Rio Ave e Vitória de Setúbal.
No caso dos sadinos, o único tento foi apontado por Hélder Barbosa ao Benfica, já em tempo de compensação, na goleada sofrida no Estádio da Luz, por 8-1, além de ser igualmente o único que os vitorianos conseguiram marcar em todas as segundas partes, tal como o Olhanense.
Os números mostram ainda que é precisamente no último quarto de hora dos jogos que as 16 equipas da Liga apresentam maior caudal goleador, com 52 golos marcados (11 já em tempo de descontos), o que equivale a mais de um quarto dos 187 golos apontados nas 80 partidas já realizadas.
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