Segundo avança esta sexta-feira a 'Exame Informática', várias associações juntaram-se para assinar um acordo que pretende fazer frente à transmissão ilegal de jogos do campeonato nacional através de streamings ilegais.
A Inspeção Geral de Atividades Culturais (IGAC), a APRITEL - que representa os operadores de telecomunicações - e as associações FEVIP, GEDIPE, e MAPINET - que representam produtores, revendedores e autores de vídeos - assinaram um acordo no passado mês de dezembro para impedir a transmissão online de jogos em direto.
"Os eventos em direto e ao vivo, pela sua própria natureza e sob pena de inutilidade, exigem uma atuação mais célere das entidades envolvidas no decurso das transmissões não autorizadas", disse à 'Exame Informática' Silveira Botelho, Inspetor Geral de Atividades Culturais.
Embora o acordo tenha sido assinado no mês passado, só no clássico entre FC Porto e Sporting, no passado fim-de-semana, provocou realmente impacto. Este bloqueio é destinado a todas as transmissões, no entanto, até agora ainda só foi notado em jogos cujos direitos televisivos pertencem à 'Sport TV'.
Paulo Santos, diretor da Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP) e da Associação para a Gestão De Direitos De Autor, Produtores E Editores (GEDIPE), e presidente do Movimento Antipirataria na Internet (MAPINET), referiu que assistir jogos online de forma ilegal causa danos financeiros elevados.
"A verdade é que esta atividade criminosa é geradora de prejuízos consideráveis e poderá estar a pôr em causa o normal funcionamento das entidades que adquirem os respetivos direitos, podendo, no final do dia, levar a que no futuro as receitas dos clubes de futebol, relativas a direitos televisivos, sofram uma redução drástica que terá, obviamente, consequências negativas na capacidade desportiva dos mesmos. Se isto é verdade para o mundo do futebol, é também uma realidade para outras manifestações culturais que sejam alvo de transmissão televisiva ao vivo", rematou.
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