Milhares de adeptos ‘pintaram' esta noite a Alameda do Dragão, junto ao estádio do FC Porto, de ‘azul e branco', não arredando pé até verem os ‘obreiros' do 28.º título de campeão nacional em futebol.
Ainda o jogo entre FC Porto-Feirense, a contar para a 33.ª jornada da I Liga e que acabou com a vitória dos portistas por 2-1, tinha terminado e já se ouviam explosões de alegria junto ao recinto ‘azul e branco' com famílias a fazerem piqueniques, tendo as bandeiras e os cachecóis como cenário ao som de buzinas e de petardos.
E no final do encontro, o primeiro grito de "campeões" em uníssono. Depois um outro quando o capitão dos ‘dragões' Herrera levantou a taça no centro do relvado, momento muito aguardado e aplaudido no exterior do estádio e que pôde ser acompanhado graças aos ecrãs gigantes virados para a Alameda que desde cedo teve o trânsito cortado.
Nuno Pereira aguardava o apito final do jogo ao lado do filho, apontando e descrevendo os vários pormenores da festa. À Lusa disse que o mais saboroso da conquista do 28.º título de campeão esteve no "sacrifício".
"Chegamos a este a este objetivo com muita luta. Há quatro anos que não vencíamos o campeonato e assim tem muito sabor. O Porto fez um bom campeonato, mas depois teve derrotas em que pôs as coisas em causa. Depois fomos à Luz e o campeonato foi ganho", disse.
Já Guilherme Domingues, que em Dia da Mãe quis dedicar a festa às mães, batizou o treinador Sérgio Conceição como "obreiro do regresso do campeão" por este ter feito todos "acreditar em jogadores, nos quais já ninguém acreditava".
"Além do nosso mister, também a nossa força e a mística do Porto é que fizeram com que fossemos campeões. O campeão voltou", gritou à Lusa, acrescentando que "também sabe bem conseguir tirar" o quinto campeonato consecutivo ao rival Benfica.
Elisabete Silva, natural do Porto, apontou a conquista deste campeonato como "especial" porque em causa para a portuense está "um clube de coração" que teve "na equipa toda verdadeiros heróis".
Mas Adriana Oliveira, ao lado da avó Maria Vilar, não tem dúvidas quanto ao jogador que mais contribuiu para a conquista do campeonato: "Foi o Marega que mais fez. E também o Sérgio Conceição, claro", disse.
A festa prosseguiu com fogo de artificio e tochas. Gente aglomerada quer nas escadas dos prédios, quer no viaduto virado para o estádio do Dragão, no qual surgiu já o domingo tinha passado a segunda-feira uma faixa onde se lia "Campeões Nacionais".
Os adeptos aguardaram pacientemente a vinda dos jogadores ao exterior, o que aconteceu passava da meia-noite.
Os atletas portistas subiram a ‘rampa' colocada entre o estádio e a zona de bilheteiras e marcaram o ritmo do habitual cântico "campeões, campeões, nós somos campeões", enquanto em baixo, milhares de bandeiras rodavam e ‘choviam' aplausos.
Ainda se ouviu o hino do FC Porto e cânticos de provocação aos rivais de Lisboa, com o Benfica, detentor dos últimos quatro troféus, a ser o mais visado.
Comentários