O FC Porto está a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) por "entregas a favor de pessoas com alegada capacidade para influenciar a sorte dos resultados desportivos", no âmbito da Operação Prolongamento.
De acordo com o despacho dos mandados de busca efetuados na passada segunda-feira, citados pelo jornal Record, "indicia-se que, em consequência dessa atribuição indevida, esses beneficiários, geralmente agentes desportivos, devolvem, a favor de dirigentes do FC Porto e da sua SAD, parte dos montantes recebidos, seja sob a forma de atribuições patrimoniais diretas para a esfera pessoal desses dirigentes, seja pelo pagamento de despesas que o próprio clube ou a sua SAD não poderiam documentar, caso de formas de suporte a dirigentes de 'claques' desportivas e de entregas a favor de pessoas com alegada capacidade para influenciar a sorte dos resultados desportivos".
Os despachos incidem, sobretudo, sobre suspeitas de natureza financeira, mais do que desportivas. São apontadas "comissões pagas pelo FC Porto" a agentes "ficticiamente incrementadas, havendo pagamentos feitos a entidades e pessoas que, na realidade, não tiveram qualquer intervenção nos negócios dos jogadores".
No passado dia 22 de novembro, o Ministério Público mandatou 33 buscas, entre as quais à SAD azul e branca, afirmando estar a investigar o pagamento de comissões superiores a 20 milhões de euros relacionados com transferências de futebolistas.
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