O treinador Filipe Rocha disse este sábado que defrontar o Santa Clara representa "um jogo difícil" e que só um Paços de Ferreira ao melhor nível pode alcançar um bom resultado na segunda jornada da I Liga.
"Disse-lhes que cada jogo tem uma história, cada adversário apresenta uma estratégia e um plano de jogo diferentes, e este é um jogo diferente do anterior e estivemos a prepará-lo bem. É mais um jogo duro, um jogo difícil, como são todos da I Liga, e temos de estar ao nosso melhor nível para conseguir um bom resultado", disse o técnico pacense, na conferência de antevisão ao jogo de domingo.
Na jornada anterior, a primeira do campeonato 2019/20, o Paços foi goleado na visita ao campeão em título Benfica, por 5-0, mas Filipe Rocha disse acreditar em efeitos mínimos na receção aos açorianos, defendeu que a prestação da equipa na Luz foi "boa" até à expulsão de Bernardo Martins, por acumulação de cartões amarelos, aos 65 minutos.
"Não estou desiludido, no sentido da aplicação e entrega dos atletas, porque eles tiveram vontade, eles tentaram, eles quiseram. Tivemos uma boa prestação até à expulsão, mas, depois de ficarmos reduzidos a 10, o Benfica aproveitou os poucos erros que tivemos e ficou uma tarefa muito difícil. A partir daí o jogo ficou fora do nosso controlo", sublinhou.
Para a estreia no campeonato como visitado, Filipe Rocha relativizou o conhecimento que João Henriques, seu colega do Santa Clara, possa ter da equipa pacense, que orientou há duas épocas, insistindo que o mais importante é "o trabalho, o plano e a ideia de jogo", pedindo aos pacenses e aos sócios "muita paciência e muita ajuda".
"Este trabalho é duro e esta época é dura, é preciso trabalho e o apoio de todos, a começar já este jogo. Todos são importantes e peço que ajudem o máximo que puderem, criando um ambiente positivo em torno da equipa, aconteça o que acontecer", referiu.
As palavras de Filipe Rocha têm também presente o momento do Paços, uma formação que procura, como todas as restantes, afinar processos e ganhar rotinas e que ainda não está no seu melhor, especialmente no ataque, "o mais difícil de ser desenvolvido" numa equipa de futebol.
"Como em todas as equipas, o último terço é o mais difícil a ser desenvolvido, a colocar as ideias que se pretendem. Os adversários também têm valor e uma boa organização defensiva, colocando-nos dificuldades, mas temos de ir sempre à procura de fazer melhor e melhorar o entrosamento, fazendo os jogadores sentir, também, que há uma concorrência muito grande, porque em todos os clubes exige-se rendimento", concluiu.
Paços de Ferreira e Santa Clara, derrotados na ronda anterior, defrontam-se no estádio Capital do Móvel para a segunda jornada, em jogo a realizar no domingo, a partir das 16h00.
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