O presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) afirmou hoje que o organismo está a trabalhar "na criação de mecanismos de sustentabilidade financeira para o projeto da profissionalização da arbitragem".
"O caminho da profissionalização na arbitragem é irreversível, bem como o reforço das condições do setor, nomeadamente o investimento crescente em meios técnicos, formativos e humanos. Tal como consta no programa de compromissos para os próximos quatro anos, o CA integrará uma comissão que estudará e apresentará um plano de carreira para árbitros, assistentes e observadores", explicou José Fontelas Gomes, em declarações à agência Lusa.
Na quinta-feira, o líder do CA da FPF admitiu que o número de árbitros profissionais em Portugal se manteve nos oito devido a restrições financeiras, referindo que o passo para regulamentar a profissão tem de ser dado pelo Governo.
"O objetivo é alargar o projeto a mais árbitros, mas as restrições financeiras impedem-nos de ter mais árbitros profissionais, bem como de incluir assistentes", frisou Fontelas Gomes, no seminário "Profissionalizar o Árbitro? Porquê? Como? Quando?".
Um dia antes, após uma reunião com a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, afirmou que nesta matéria “há todo um edifício a ser erguido”.
“Na questão do profissionalismo dos árbitros ainda estamos na fase dos alicerces”, assinalou João Paulo Rebelo, expressando a Luciano Gonçalves, presidente da APAF, a disponibilidade da Secretaria de Estado em “procurar consensos”.
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