No passado dia 7 de abril, o plantel principal do Benfica iniciou um período de férias, uma vez que "o estado emocional dos jogadores estava alterado" devido ao isolamento originado pela pandemia de COVID-19.
Em declaração ao Globoesporte, Gabriel falou sobre a decisão do Benfica e sobre um eventual regresso do campeonato nacional.
"Recebemos 15 dias de férias, no final haverá uma reunião da Federação com os clubes para se ver o que será feito. Mas ainda não há previsão de nada, é tudo muito confuso ainda. Ninguém sabe reagir a uma coisa que afetas todas as áreas, ninguém tem informações precisas, voltar tal dia e terminar tal dia. Ficamos apreensivos em casa, ninguém aguenta mais ficar sem jogar à bola, sem treinar", lamentou o médio brasileiro.
Gabriel frisou ainda que os jogadores vão precisar de uma preparação especial para esse possível retorno da competição. "Não dá para regressar e jogar direto, mas vai ser um tempo menor que uma pré-temporada normal, acredito que bastam duas semanas. Temos uma condição privilegiada, eu pelo menos tenho um quintal, um espaço para fazer um treino. Sinto-me bem fisicamente, nas férias normais não temos esse cuidado de agora. Estamos a ser acompanhados pelo clube, só que em casa", acrescentou.
O médio elogiou ainda a rapidez de ação do clube da Luz frente à pandemia. "Infelizmente, ao nível daquilo que o Benfica faz, acho muito difícil os outros clubes fazerem por aqui...", salientou Gabriel.
Por fim, o jogador do Benfica falou ainda sobre o campeonato e a tabela classificativa. "Essa reviravolta que o campeonato deu em tão pouco tempo aconteceu no ano passado, quando fomos campeões, só que ao contrário. Estávamos a sete pontos, fizemos um arranque muito forte na segunda volta e conseguimos o título. Quando voltar, vai estar em jogo o título, e para mim título é título, não tem como fugir disso, é para isso que eu trabalho, para isso que eu jogo futebol. O que me vai custar mais é jogar à porta fechada, porque os adeptos é que contam. Mas o resultado vai ser igual, é isso que a gente tem que meter na cabeça. O maior desafio no regresso vai ser dar aquele clique de novo e entender que agora está mesmo a valer, e vale um título", concluiu Gabriel.
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