Em tarde de festa no Estádio do Dragão, onde as mulheres entraram sem pagar, em jeito de comemorações do Dia da Mulher, e as 600 crianças da escola de formação do FC Porto marcaram presença, os tetracampeões tremeram perante a onda algarvia e empataram a dois golos.
Um FC Porto desnorteado durante toda a primeira parte e mais espevitado na segunda mostrou a sua ineficácia, tanto no ataque como na defesa, apesar de algum empenho dos jogadores.
Djalmir foi o carrasco dos Dragões ao bisar na primeira parte, e com uma diferença de três minutos entre os dois golos. A dez minutos do fim, Falcao marcou e ainda fez acreditar numa reviravolta e Guarín, em tempo de compensação, marcou de pé esquerdo ao segundo poste, após excelente trabalho de Varela na direita.
O FC Porto até começou decidido e mais ansioso em querer marcar e teve duas excelentes oportunidades de fazer golo. Primeiro por intermédio de Falcao depois de um cruzamento de Ruben Micael e um cabeceamento de Maicon.
Mas o que interessa no futebol é a eficácia e o Olhanense das duas vezes que se aproximou da baliza de Helton na primeira parte marcou.
O primeiro golo da equipa algarvia apareceu aos 12 minutos de jogo, com Djalmir a marcar de cabeça, a meias com o peito, após assistência também de cabeça de Paulo Sérgio, na sequência de um cruzamento de João Gonçalves pela direita.
Bastaram três minutos para o brasileiro do Olhanense fazer o segundo e congelar o Estádio do Dragão. Este com muita culpa da defesa portista que parecia adormecida e de férias. Maicon desatento deixou passar Djalmir e este isolado perante Helton enviou a bola para o fundo das redes.
Ao FC Porto só lhe restava reagir a este duplo balde de água fria vindo do Algarve mas as limitações estavam patentes na formação azul e branca.
Aos 38 minutos, Tomás Costa, antes de dar lugar a Varela, enviou uma bomba mas a bola saiu ao lado do poste direito. Um minuto depois, Ruben Micael podia ter feito o primeiro golo dos portistas mas Ventura, com uma grande defesa, impediu.
Na segunda parte, o FC Porto mostrou-se mais a garrido mas a ineficácia foi o 13º jogador dos Dragões, enquanto a formação algarvia só se preocupava em defender o resultado e os três pontos.
Ao minuto 67, Falcao esteve perto de marcar ao rematar rasteiro e lento mas a bola tocou no poste. Oito minutos depois o poste voltou a dar dor de cabeça aos Dragões quando Belluschi rematou ao ferro. Nesta altura, a formação azul e branca jogava também contra a sorte.
A dez minutos do fim, Falcão desviou para o fundo das redes após canto apontado por Valeri na esquerda, e uma primeira tentativa de remate acrobático de Belluschi. O golo portista fez com que os jogadores ainda acreditassem numa reviravolta no marcador. E a crença transformou-se em realidade. Passavam quatro minutos dos 90 quando Guarín marcou de pé esquerdo ao segundo poste, após excelente trabalho de Varela na direita.
Com este empate, e caso Benfica e Braga vençam os seus respectivos desafios, os Dragões ficam a 11 pontos do líder Benfica e a 10 do vizinho nortenho Braga.
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