Gonçalo Paciência foi esta quinta-feira oficializado como reforço do Eintracht Frankfurt para a próxima temporada.
Em entrevista ao jornal 'A Bola' depois de confirmada a sua saída do FC Porto, o internacional português confessa que gostava de ter tido outro tipo de preponderância no plantel liderado por Sérgio Conceição.
"Em janeiro, após seis meses muito bons de cedência ao Vitória de Setúbal, chamaram-me de volta ao FC Porto. Tinha enormes expectativas, que não foram correspondidas. O facto mais positivo do meu regresso foi ter sido campeão nacional. Não só isso: foram anos sucessivos de muitas indefinições sempre que as épocas começavam. Esta é mesmo a melhor altura para deixar o FC Porto", começou por dizer.
"As pessoas são livres de tomar as decisões que entendem. E eu também sou. Depois do Vitória de Setúbal, sentia-me mais jogador, melhor preparado. Por alguma razão, cheguei à seleção. Naturalmente, ao regressar ao FC Porto, criei várias expectativas, que, infelizmente, não se cumpriram. Se calhar, o regresso não se deu na altura mais adequada", acrescentou.
Gonçalo Paciência revelou ainda que não tem ressentimentos depois desta decisão e que aceitou a proposta do Eintracht Frankfur assim que os alemães lhe apresentaram o projeto desportivo, considerando que deu "um passo em frente".
"Quando o meu representante, Carlos Gonçalves, falou na hipótese de jogar na Bundesliga, a minha preocupação não foi saber se ia encher os bolsos com a mudança - o mais importante era conhecer o projeto do clube. Assim que este me foi apresentado nem hesitei, pois é grandioso. Transferir-me para o Eintracht era o melhor que me podia acontecer", assinalou.
O avançado português falou ainda de Sérgio Conceição e agradeceu-lhe a oportunidade de "realizar o sonho de ser campeão pelo clube do coração".
"O FC Porto foi campeão porque teve Sérgio Conceição como treinador. Ele é que levou a equipa às costas e fez daquele plantel, em que tão poucos acreditavam, um exemplo. O FC Porto há quantos anos não jogava com aquela intensidade e garra? Ele conseguiu igualmente recuperar a mística. Nos tempos em que o meu pai e ele eram jogadores, em minha casa falava-se muito da mística, todavia não sabia bem o que isso era. Em seis meses, percebi facilmente", disse.
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