Henrique Nunes é o treinador escolhido pelo Feirense para substituir Quim Machado no comando da equipa, atualmente no último lugar da liga portuguesa de futebol, a cinco jornadas do fim.
Ao novo técnico da formação de Santa Maria da Feira junta-se o preparador físico Nuno Santos, ambos apresentados em conferência de imprensa realizada hoje, no Estádio Marcolino de Castro.
Depois de ter representado o Arouca na segunda liga, o técnico, que estava desempregado, regressa ao Feirense ao fim de quatro anos, altura em que treinou a equipa, apresentando a demissão antes do final da época 2007/2008.
O novo treinador do Feirense vai orientar a equipa pela 16ª vez, depois de ter representado o clube como jogador e ser um dos que conseguiu a subida de divisão, há 21 anos.
Agora, Henrique Nunes não esconde a satisfação pelo regresso a uma casa que bem conhece.
«Treinar o Feirense é um grande orgulho. Nunca conheci outro clube enquanto jogador e, em 28 anos como treinador, passei aqui cerca de 50 por cento do meu tempo. É uma grande alegria regressar ao Feirense», declarou.
A cinco jogos do fim da primeira liga, Henrique Nunes pretende ajudar o seu clube do coração a alcançar a manutenção, mas admite que a tarefa não é fácil.
«Estava desempregado e numa situação desagradável e esta acaba por ser uma aposta pessoal. No entanto, na situação em que o Feirense está não há qualquer situação de risco. Será difícil para todos, mas, enquanto for possível, vamos fazer tudo para nos mantermos na primeira liga», referiu.
Apesar de estar ciente das dificuldades, o treinador mantém a ambição e acredita no valor do seu trabalho.
«Tenho grande experiência profissional, sendo o treinador com mais jogos e vitórias na segunda liga. Portanto, tudo o que fizermos de bom será benéfico para todos», sublinhou.
Henrique Nunes confessa ser admirador do futebol do Feirense, elogiando o anterior técnico, mas considera que a receita para o sucesso são os golos.
«O tempo é curto porque faltam cinco jogos e cada vez há menos margem de erro. Acima de tudo a equipa tem que ser trabalhada animicamente. Confesso que gosto do futebol do Feirense, mas falta marcar mais golos. Para nos mantermos quase que é preciso um milagre. Julgo que o futebol do Feirense terá que se direcionar mais para a baliza do adversário», avaliou.
Franquelim Freitas, diretor desportivo do clube, diz-se satisfeito pelo regresso de um homem da casa.
«É conhecedor de futebol e do Feirense. Um sócio e adepto ferrenho. Foi uma escolha difícil, numa altura em que ainda há hipóteses matemáticas de alcançar a manutenção. É o homem certo no lugar certo», disse.
O novo treinador do Feirense, a seis pontos da «linha de salvação», já orientou o treino da equipa agendado para a tarde de hoje.
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